Há três hipóteses em cima da mesa para a temporada de 2020: uma delas é não haver mais ténis

Há três hipóteses em cima da mesa para a temporada de 2020: uma delas é não haver mais ténis

Por José Morgado - maio 28, 2020
US-Open-court

As próximas semanas serão absolutamente decisivas para se perceber que ténis ainda poderemos ter até ao final de uma temporada de 2020 já praticamente arruinada pela pandemia do novo coronvírus. ATP, WTA e ITF vão decidir em conjunto com organizadores locais, Federação norte-americana (US Open) e francesa (Roland Garros) se há condições para voltar mesmo a 1 de agosto, como está neste momento previsto, uma vez que a temporada está suspensa desde meados de março até 31 de julho.

Segundo o jornal ‘L’Equipe’, que cita fontes de dentro da negociação, há três hipóteses para desenhar o calendário até ao final de 2020, sendo que a menos provável de todas é que o circuito volte, de facto, em agosto.

HIPÓTESE 1: REGRESSO NA TEMPORADA DE PISO RÁPIDO (1% de possibilidade)

O jornal francês assegura que o regresso na temporada de piso rápido da América do Norte é altamente improvável. Os Masters 1000 do Canadá e Cincinnati estão praticamente fora de hipótese e o US Open é, nesta altura, carta praticamente fora do baralho, tendo em conta que a situação epidémica nos Estados Unidos — e especialmente em Nova Iorque — continua bastante preocupante.

A hipótese de recomeçar a época diretamente no US Open também não está fora de questão, mas é improvável. Um eventual cancelamento nunca será decidido antes de meados de setembro.

HIPÓTESE 2: REGRESSO COM TEMPORADA DE TERRA BATIDA EM SETEMBRO (66% de possibilidade)

Caso o US Open seja cancelado, há uma chance que parece cada vez mais provável: o recomeço na Europa, com uma temporada de terra batida a disputar-se em setembro, que incorporaria os maiores torneios de terra, que habitualmente se jogam em maio e junho: Roma, Madrid e Roland Garros. Sabe-se que o Grand Slam francês será o último a jogar-se, mas tudo o resto ainda está por definir.

Tanto neste cenário como no anterior, há grandes questões sobre o pós Roland Garros que têm de ser resolvidas, já que a nova data do Grand Slam francês vai atropelar a temporada asiática. Para resolver essa questão, o dinheiro poderá falar mais alto…

HIPÓTESE 3: NÃO HÁ MAIS TÉNIS EM 2020 (33% de possibilidade)

É a hipótese que ninguém quer encarar, mas que segundo o jornal ‘L’Equipe’ é mais provável do que haver US Open. A Federação Francesa mantém-se muito confiante de que Roland Garros vai acontecer, com cerca de um terço do público habitual, mas isso vai depender da evolução da pandemia, das medidas do governo francês e das restrições de circulação que possam ou não ser impostas pela União Europeia.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com