Guerreira Suárez Navarro: «Ter o sonho de ir a Tóquio ajudou-me quando estava mais fraca»

Guerreira Suárez Navarro: «Ter o sonho de ir a Tóquio ajudou-me quando estava mais fraca»

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 17, 2021

Carla Suárez Navarro tornou-se um exemplo para todos os tenistas… e não só. A espanhola superou uma guerra contra o cancro e conquistou o direito de se despedir de uma bonita carreira dentro de court, algo que vai ter um novo capítulo nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Depois de Roland Garros e Wimbledon, a antiga 6.ª classificada do ranking WTA tem os olhos postos no Japão e confessa que manter esse objetivo bem fresco na sua cabeça foi determinante para não desistir nos momentos complicados.

“Ter o sonho de ir a Tóquio ajudou-me a estar mais ativo, a não desanimar, para encontrar força nos dias em que estava mais fraca. Houve dias em que estava completamente fechada em casa devido a uma sessão de quimioterapia… Por isso, ter o objetivo de estar em Tóquio ajudou-me muito a manter-me ativo e com sonhos”confessou, em entrevista à ‘SER’.

Num relato impressionante e emocionante, Suárez Navarro abriu um pouco mais o jogo da sua luta. “Depois da doença, a única coisa que não queria era retirar-me sem jogar uma última vez ou pelo menos sem ser eu a decidir. Graças a Deus tudo correu bem e tive essa oportunidade em Roland Garros e Wimbledon, agora quero despedir-me dos Jogos Olímpicos. Em Londres vivi um momento muito emocionante, contra a número um do mundo, foi incrível. Não sabia como o público ia reagir, mas aconteceu tudo nesse dia no Court Central. Jamais vou esquecer isso. Foi muito especial”confessou.

Suárez Navarro sabe que não é a mesma de antes… mas vai dar tudo o que tem. “Sempre que entro em court dou tudo! Mas tenho de ser realista, não me posso enganar a mim mesma. Sei como estou, como o meu corpo reage, não sou a mesma de antes. Mas vou dar 100% para ganhar de todas as maneiras possíveis. Os Jogos Olímpicos vão ser um dos meus últimos torneios, mas ainda me falta Nova Iorque. O US Open será o último mesmo”, rematou.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt