Elias: «Antes do encontro li que era o ídolo do Hugo, fico feliz por ele»

Elias: «Antes do encontro li que era o ídolo do Hugo, fico feliz por ele»

Por José Morgado - julho 2, 2020
Gastão-Elias
FOTO FPT

Gastão Elias entrou esta quinta-feira com uma inesperada derrota na segunda etapa do circuito sénior da Federação Portuguesa de Ténis, no Lisboa Racket Centre. Esteve a ganhar por 6-1 e 3-0 diante de Hugo Maia, de 19 anos, mas acabou derrotado por um tenista que o tem como ídolo de infância. O encontro foi tão estranho que o próprio Elias tem dificuldades em explicar aquilo que realmente aconteceu.

“Senti-me bem desde o começo. Acho que comecei com o plano de jogo perfeito, a controlar os pontos e agressivo, mas a meio do segundo set duvidei um pouco nalgumas bolas, atrapalhei-me com o vento e fiz alguns erros não forçados seguidos. E partir daí perdi totalmente a confiança nas minhas pancadas. Não consigo explicar porquê, gostava muito de arranjar uma desculpa para o encontro de hoje, mas basicamente ele foi mais competente do que eu e mereceu ganhar”, assumiu o tenista de 29 anos que já passou pelo top 60 mundial.

Gastão sabia que era o ídolo de Maia. “Antes do encontro vi que ele tinha dito que eu sou o ídolo dele. Fico feliz por ele, não é todos os dias que conseguimos ganhar ao nosso ídolo”, admitiu o olímpico português.

Elias ainda pode passar às meias-finais caso vença Luís Faria em dois sets. “Vou entrar e jogar normalmente, como se fosse um jogo normal. Estes torneios que a federação fez são mesmo para isto, para voltarmos a entrar em ritmo, testarmos o corpo e apesar de ser uma derrota pesada eu entendo que esse é o objetivo e portanto amanhã irei começar do zero e aproveitar mais uma oportunidade que tenho de competir esta semana, que no final das contas é o mais importante.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com