G. Simon: «É difícil que US Open e Roland Garros se joguem de seguida»

G. Simon: «É difícil que US Open e Roland Garros se joguem de seguida»

Por Tiago Ferraz - maio 21, 2020
Gilles-Simon

O tenista francês Gilles Simon falou recentemente sobre a questão do adiamento de Roland Garros para setembro devido à pandemia de coronavírus.

“Houve muitas críticas acerca do adiamento de Roland Garros pelo facto de não ter consultado os tenistas e as entidades. Entendo o que fizeram na verdade uma vez que o mais importante era salvar o torneio e o trabalho das pessoas fosse como fosse. Nem todos todos os torneios têm um seguro contra pandemias como é o caso de WImbledon”, disse.

Gilles Simon pede ainda uma uniformização do sistema de decisão dos quintos sets nos torneios do Grand Slam:

“Neste período que não há ténis, as entidades poderiam ter-se reunido com o objetivo de unificar o modo como o sistema de decisão dos torneios são definidos como, por exemplo, as diferenças que existem no quinto set dos torneios do Grand Slam. No Australian Open há super-tiebreak quando o encontro chega ao fim com o quinto set empatado 6-6 enquanto que em Wimbledon isso só acontece quando se chega aos 12-12. É algo, realmente, estúpido. O ténis funciona bem, mas há coisas a melhorar”, revela o gaulês, citado pelo Punto de Break.

Simon revela ainda que acha difícil que o US Open e Roland Garros se joguem em tão curto espaço de tempo:

“É complicado que ambos os torneios se joguem quase de seguida. Quando viajas para certos locais pedem-te para ficares 14 dias de quarentena num quarto de hotel e os tenistas precisam de duas semanas para se habituarem a uma nova superfície. Isso significa que deveria jogar-se um torneio com um intervalo de mês e meio. É quase impossível que o US Open e Roland Garros se jogue com uma diferença de três semanas. Como é que os tenistas vão fazer para jogar os dois torneios?”, realça.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.