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Federer quer testes antidoping na fase final de todos os torneios
Se há coisa que importa no ténis é o timing, e Roger Federer sabe disso como poucos. Portanto, numa altura em que o Open da Austrália anuncia o aumento do seu prize money para os 50 milhões de dólares australianos (cerca de 34,8 milhões de euros) e que o jornal The Times revela que vários torneios se realizaram sem que tenha sido feito um único controlo antidoping, como foi o caso do Masters 1000 de Xangai, o helvético de 35 anos aproveita para mandar alguns recados às altas instâncias da modalidade.
Todos os anos, a Federação Internacional de Ténis gasta cerca de 4 milhões de euros a tentar combater o doping. Para Federer, não chega. “Com tanto dinheiro que este desporto movimenta, devia haver mais verba destinada ao programa antidoping”, disse Federer ao citado jornal britânico. “Gostava de ver mais financiamento, sem dúvida, sobretudo na pré-temporada. É quando os jogadores trabalham mais intensamente”.
A segunda dica deixada pelo recordista de títulos do Grand Slam está relacionada com a fase do torneio em que faz mais sentido os controlos serem realizados. “O melhor a fazer era que fôssemos testados cada vez que atingíssemos os quartos-de-final de um torneio. Sabíamos que íamos ser testados quando houvesse mais pontos em jogo e os prémios fossem mais elevados. Seria melhor para os jogadores e para os fãs, era bom que acontecesse”.
Segundo a publicação britânica, alguns torneios não possuem, sequer, uma sala destinada à realização de exames, como é exigido, sendo que em alguns eventos os inspectores responsáveis por realizar os testes antidoping não chegaram a aparecer.
Stuart Miller, diretor executivo do programa antidoping, diz não se tratar propriamente de falhas no programa. “O programa não foi criado para haver testes em todos os torneios, já que também há os torneios que se realizam fora da competição”.
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