Federer e a polémica de Court: «Não sei o que vos dizer»

Federer e a polémica de Court: «Não sei o que vos dizer»

Por José Morgado - fevereiro 1, 2020
Federer
Switzerland’s Roger Federer attends a press conference after losing to Serbia’s Novak Djokovic in their men’s singles semi-final match on day eleven of the Australian Open tennis tournament in Melbourne on January 30, 2020. (Photo by Manan VATSYAYANA / AFP) / IMAGE RESTRICTED TO EDITORIAL USE – STRICTLY NO COMMERCIAL USE (Photo by MANAN VATSYAYANA/AFP via Getty Images)

A polémica em torno de Margaret Court parece estar a mexer muito mais com os ex-tenistas do que com as maiores figuras da atualidade. Depois de Novak Djokovic, número dois mundial, ter revelado ser contra as posições da australiana mas acreditar que “ela terá as suas razões”, também Roger Federer jogou à defesa na condenação aos comentários da campeã de 24 títulos de Grand Slam, que apoiou o regime do Apartheid e lamentou, por diversas vezes, a existência de homossexuais na sociedade e mais especificamente no ténis.

“Sinceramente não sei o que vos dizer sobre o assunto. É uma questão bastante delicada. É claro que ela é uma campeã incrível, uma das maiores de sempre, mas também sei que dispara muitas opiniões que não são muito unânimes sobre diversos assuntos delicados. A Tennis Australia teve de agir em relação ao assunto e fez o que achou que devia fazer, pelo que não vou opinar sobre isso”, confessou em conferência de imprensa.

John McEnroe e Martina Navratilova têm sido os mais ativos na condenação a Court, pedindo mesmo que o Estádio que a australiana tem em seu nome em Melbourne Park mude para o nome de outra campeã do país, Evonne Googlagong Coley.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt