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Federer e a difícil recuperação: «Não sobraram muitos músculos…»
A preparar-se para voltar a competir depois de mais de um ano afastado e com um dos joelhos submetido a duas operações, Roger Federer confessa que passou por momentos complicados. Ao contrário do que aconteceu em 2017, confessa que a recuperação foi muito mais dura e que as dúvidas se foram acumulando.
“Não me lembro de algo ter corrido mal na primeira operação, mas o médico depois disse-me que tinha de fazer uma segunda intervenção. Não dava para dar a volta. Não sou fã de cirurgias, vocês sabem! As primeiras semanas foram normais, não joguei ténis, não fiz nada. O problema é que andei de muletas durante mais duas semanas depois da segunda operação, tal como depois da primeira e não sobraram muitos músculos. Depois da primeira operação ainda era um atleta de topo, mas foi assustador ver como rapidamente se perde tudo. Até perdi coordenação a andar”, explicou.
Por tudo isto, Federer ainda não consegue dizer que está na máxima força. Para tal, terá de ultrapassar uma série de testes, que incluem o ATP 250 de Doha que arranca esta semana. “Voltar de uma lesão também é algo mental. Não sinto o joelho igual todos os dias. Antes de sprintar perguntava-me ‘como é que está?’. Por isso foi importante poder jogar pontos e sets nos últimos dois meses. Primeiro foi o Stricker que veio ao Dubai e mais recentemente joguei à volta de 20 sets com Dan Evans. Estou muito feliz com o joelho, mas ainda há muitas questões. Preciso de mais para dizer que estou a 100 por cento”, lembrou.
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