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Federer sobre Djokovic: «Ninguém no mundo pensou que outro jogador podia acabar como nº1»
Estar longe do court não é, em tempo algum, sinónimo de se estar alheado do circuito, sobretudo se estivermos a falar de Roger Federer. O suíço não joga desde Wimbledon, mas as suas antenas estiveram sintonizadas nas incidências tenísticas até ao cair do pano.
Mesmo já tendo visto de tudo um pouco num circuito particularmente imprevisível, em quase duas décadas de carreira, o suíço de 35 anos admite que foi apanhado de surpresa com a troca de papéis protagonizada por Novak Djokovic e Andy Murray.
“Fiquei muito surpreendido, porque quando um jogador começa a temporada da forma como o Novak começou, alcançando o seu sonho ao vencer Roland Garros e o quarto Grand Slam consecutivo, ninguém no mundo, nem mesmo os jogadores, pensaram que outro jogador podia acabar o ano no número um”, disse Federer em entrevista ao The New York Times.
“Mas vamos ser sinceros, o Novak, na verdade, não jogou mal na segunda metade do ano. Venceu em Toronto. Fez final em muitos outros torneios: Open dos Estados Unidos, ATP World Tout Finals. Parecia ser suficiente. O que ele exigiu foi algo extraordinário, e o Murray foi capaz de responder à altura, é a isso que tiro o meu chapéu”, acrescentou.
“O início do ano, especialmente o verão australiano, vai ser épico”
Uma situação que o recordista de títulos do Grand Slam diz ter o seu quê de normal: “Talvez seja apenas humano e compreensível que o Novak tenha uma quebra, porque alcançou tudo o que queria. Tens de conseguir reinventar-se no que quer que faças. Mas é bom ver que as facilidades não duram muito tempo para todos nós”.
Um 2016 para recordar e que deixa adivinhar um arranque de 2017 memorável, assegura Federer. “Criou-se uma grande história para o próximo ano. O Andy é uma ótima hisória. A história do Novak é incrível, O Rafa, claro, é sempre uma boa história. Eu, de regresso, espero que seja uma boa história para seguir. O início do ano, especialmente o verão australiano, vai ser épico”.
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