Federer abre o jogo: «Antes perguntava qual era o próximo torneio. Agora vejo se repito um exercício»

Federer abre o jogo: «Antes perguntava qual era o próximo torneio. Agora vejo se repito um exercício»

Por Pedro Gonçalo Pinto - agosto 13, 2021
epa09250104 Roger Federer of Switzerland in action against Dominik Koepfer of Germany during their third round match at the French Open tennis tournament at Roland Garros in Paris, France, 05 June 2021. EPA/IAN LANGSDON

Com 40 anos feitos recentemente, Roger Federer entra numa nova etapa da vida. O campeoníssimo suíço continua a lutar, mas o joelho direito voltou a ceder e deixa o futuro imediato envolto em dúvidas, a começar pelo US Open. Numa entrevista em que falou muito abertamente sobre o que está a viver, Federer reconheceu que a vida está completamente diferente e que as perguntas que faz a si próprio são bem distintas.

“É duro, antes era diferente. No passado, as perguntas eram mais simples. ‘Como estou esta semana no ranking?’, ‘ Qual será o meu próximo torneio?’. Hoje é tudo mais complicado e as perguntas são ‘Como me vou sentir se repetir este exercício?’, ‘Que sou capaz de fazer?’, ‘Quais são os verdadeiros objetivos?’, ‘Como vou conseguir isto tudo a partilhar teto com a minha família?’, ‘O que é que o resto da equipa acha?’. Nesta etapa da minha carreira ouço muito mais do que quando era jovem, a minha atitude é totalmente diferente da que tinha há 10 anos”, reconheceu em entrevista ao ‘Blick’.

Acima de tudo, os ritmos de Federer mudaram por completo e até a mentalidade tem de ser diferente porque o corpo não acompanha a vontade da cabeça da mesma forma. “A diferença é que agora preciso de mais tempo para tudo. Há uns anos, se tivesse um bloqueio nas costas ou sentisse uma dor, sabia que em dois dias tudo estaria tratado e poderia treinar de maneira habitual outra vez. Hoje em dia, esses prazos podem ir até duas semanas. Há que ter mais paciência com a dor que sofres, contigo mesmo e com o regresso ao court. Ao mesmo tempo, diria que se multiplica a alegria por cada passo dado. Antes dava por adquiridas as muitas vitórias em torneios. Hoje nunca se sabe o que pode haver”confessou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt