Duarte Vale: «Significa o Mundo vencer este campeonato, é difícil de explicar»

Duarte Vale: «Significa o Mundo vencer este campeonato, é difícil de explicar»

Por José Morgado - maio 24, 2021

Duarte Vale, um dos melhores tenistas juniores do Mundo entre 2016 e 2017, optou pela carreira universitária em vez do profissionalismo quando tinha apenas 18 anos e a decisão revelou-se mais do que acertada. Para além de tudo aquilo que o College trouxe de bom para a sua vida e para o seu ténis, o jovem de Cascais está a fechar (em princípio) com chave de ouro os seus quatro anos na University of Florida, ao participar — como jogador número 1 — na conquista do primeiro título universitário da história dos Florida Gators em ténis.

“É difícil explicar a emoção e o que significa para mim porque é muito maior do que só eu. Poder contribuir para uma coisa tão grande é difícil de explicar. Foi a primeira vez que a equipa ganhou o campeonato nacional de ténis e eu sei o trabalho que os treinadores e o staff fizeram ao longo dos últimos anos para para que isto fosse possível. E mesmo os fãs, que vieram até Orlando, ficaram até à 1 da manhã, é especial. Significa o Mundo mim poder ter vencido o campeonato nacional com o resto da equipa. São como família para mim e é inacreditável partilhar este momento com eles”, contou-nos na ressaca de um dos momentos desportivos mais felizes da sua vida.

 

Ver esta publicação no Instagram

 

Uma publicação partilhada por Duarte Vale (@duartevale)

Agora, Vale ainda tem a hipótese de competir mais um ano pela equipa — o cancelamento da época em 2020, por causa da pandemia, permite essa situação — mas a prioridade é atacar o circuito profissional. “Quero ser jogador profissional, vou jogar Futures e torneios profissionais a partir do verão, o mais que puder. Ainda tenho a hipótese de se quiser voltar, mas para já tenho de me concentrar nos campeonatos nacionais de singulares e pares e depois tentar jogar o maior número de Futures que puder, subir o meu ranking o mais que conseguir.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com