Duarte Vale: «É importante para a confiança, foi uma luta do 'caneco'»

Duarte Vale: «É importante para a confiança, foi uma luta do ‘caneco’»

Por José Morgado - julho 3, 2020
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Duarte Vale, de 21 anos, estava a jogar a melhor época do seu percurso universitário ao serviço da University of Florida quando a pandemia interrompeu tudo, mas no regresso a Portugal para o verão parece não ter perdido o ritmo das vitórias. Esta sexta-feira, somou a 10.ª seguida nos torneios da Federação por cá (foi campeão no CETO vindo do qualifying) e apurou-se para as meias-finais da etapa de Lisboa do circuito sénior da FPT, ao bater Tiago Cação numa grande batalha, decisiva para o Grupo 4.

“Estes jogos duros são muito importantes para a confiança, foi uma luta do ‘caneco’. Podia ter caído para qualquer lado, mas eu lutei muito, nunca me deixei ir abaixo e sabe muito bem ganhar um encontro destes”, confessou logo após o final do encontro.

Vale reforçou a ideia de que ser forte mentalmente era muito importante para levar de vencido este desafio. “Quando o jogo começa eu tento tirar partido das adversidades. Não gosto de me queixar dessas coisas. Se está vento, tento perceber como posso ganhar com vento. Se a direita está presa, tento perceber como posso ganhar sem ela. A minha mentalidade é sempre essa. O Cação é um grande jogador e grande competidor. Nunca desiste”.

Questionado sobre a sua subida de agressividade nos momentos importantes, Duarte admitiu que é algo em que costuma pensar antes dos encontros. “Eu visualizo muito os momentos importantes do encontro em casa, antes de jogar. Penso sempre como é que jogaria num 5-4 40-40 do terceiro set. E a tendência é sempre para ser agressivo. É assim que sou. “

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com