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Djokovic e o fim da carreira: “Penso mais em como me vou me aposentar do que quando”
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Aos 37 anos, Novak Djokovic não pára. Depois de desistir nas semifinais do Australian Open, muitos alarmes soaram se o fim da carreira do sérvio está próximo, sendo que o próprio deu agora uma entrevista à GQ para falar abertamente sobre esse tema.
“Espero conseguir muito mais coisas como veterano no esporte, melhorar os direitos dos jogadores ou continuar desenvolvendo os meus projetos empresariais. O tênis continua a ser o meu maior megafone para o mundo. Se olhar só na perspectiva de completar feitos e do jogo em si, então acho que já fiz tudo, sim”, admitiu.
Mas Djokovic deixou uma indicação importante, com destaque… para o pai. “Sinto que as pessoas estão escrevendo o meu obituário tenístico. Os meios de comunicação, os fãs. E não sei se ele vai gostar que eu diga isto, mas o primeiro que faz isso é o meu pai. O meu pai está tentando que eu acabe a carreira há algum tempo, mas não tem sido insistente. Respeita a minha decisão e entende, mas me diz ‘o que mais quer fazer?’. Ele sabe a quantidade e a intensidade da pressão e tensão que existe e o estresse que se repercute na minha saúde, no meu corpo e em todos os que me rodeiam, incluindo ele. Por isso me disse ‘meu filho, começa a pensar como quer acabar isto'”, revelou.
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Pois bem, Djokovic confessa que isso é algo que está na sua cabeça, mas de forma diferente. “Estou pensando mais como quero me aposentar do que quando. Penso mais no ‘como’ do que no ‘quando’. Ainda não penso no quando tão intensamente. Como gostaria de treinar? Sinto que se começar a perder mais e se sentir uma diferença muito grande, que começo a ter mais problemas para superar os grandes obstáculos nos Grand Slams, então provavelmente vou acabar, mas agora continuo bem”, garantiu.
Além de explicar que precisa de reduzir a quantidade de torneios que joga, embora vá manter alguma carga, especialmente antes dos Grand Slams, Djokovic explicou que houve quem tentasse que o ouro olímpico ditasse o seu adeus. “Tanto em público quanto no privado, muita gente me disse que acha que o melhor é sair no ponto alto, o que entendo, mas se fisicamente estou capaz e ainda sinto que posso derrotar os melhores do mundo nos Grand Slams, por que teria que acabar a carreira agora?”, concluiu.
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