Djokovic e Murray fizeram revelações: o melhor encontro entre ambos, que resultado mudariam e quem é o GOAT

Djokovic e Murray fizeram revelações em direto: o melhor encontro entre ambos, que resultado mudariam e quem é o GOAT

Por José Morgado - abril 18, 2020
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Novak Djokovic e Andy Murray, dois contemporâneos e bons amigos, aproveitaram o tempo de quarentena para oferecer aos fãs uma hora de conversa em direto, onde passaram em revista alguns momentos marcantes da sua rivalidade. O que têm feito neste (invulgar) tempo em casa, o que relembram de alguns dos melhores encontros entre ambos e ainda que momento mudariam nas suas carreiras. A definição sobre quem é o melhor de todos os tempos também não foi esquecida.

FECHADOS EM CASA HÁ SEMANAS

Djokovic: “Estou há cinco ou seis semanas fechado em casa, com a família. É algo que não acontecia há 15 anos e isso também é um desafio. E é muito estranho. Estou em Espanha, que é perto de Itália, o país que está a ser mais afetado pela situação.”

Murray: “Para mim tem sido bom ver os meus filhos e acompanhá-los nas coisas que habitualmente não conseguia acompanhar. Ensiná-los a andar de bicicleta, vê-los a nadar sozinhos pela primeira vez. É algo que dificilmente faria se estivesse a viajar.”

RELAÇÃO COM OS FILHOS

Murray. “Eu sou mais paciente do que a Kim. Ela é uma ótima mãe, mas eu sou mais paciente. Quando te lesionas e de repente ficas em casa durante meses, como foi o meu caso, as coisas positivas acabam por superar as positivas. Há uns anos achava que quando me retirasse ia ter dificuldades em habituar-me a uma nova vida, mas agora já não acho isso.”

Djokovic. “No nosso caso há coisas em que eu sou melhor. Estou mais confortável em certas coisas e sinto que é o meu papel. Mas em tudo o resto é a Jelena. Mas estou a aprender ainda em muitas coisas. Estou a aprender a conhecer-me como pai e marido.”

PRIMEIRO ENCONTRO ENTRE OS DOIS, EM SUB-12

Djokovic: “Levei 6-1 e 6-0 de ti. Foi o primeiro torneio internacional da minha carreira”.

Murray. “Foi um dos meus primeiros também. Acabei por ir à final desse torneio, com 11 anos. Tive match point e perdi.”

MELHOR ENCONTRO ENTRE OS DOIS

Djokovic: “Os primeiros que me lembro são as meias-finais do Australian Open em 2012. E as meias-finais dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, também foi muito bom. Foste melhor nos momentos importantes.

Murray: “Para mim o melhor encontro entre nós foi essa meia-final de 2012. Eu perdi, mas para mim foi o melhor. Houve pontos inacreditáveis.”

QUE ENCONTROS GOSTARIAM DE JOGAR OUTRA VEZ?

Djokovic. “A meia-final dos Jogos Olímpicos contra ti [Murray] em 2012, ou a meia-final dos Jogos de Pequim 2008 contra o Nadal. Tive um smash fácil num break point e falhei. Achei que estava a jogar muito bem. Nos Jogos do Rio de Janeiro, quatro anos depois, também estava na melhor forma da minha vida, a treinar bem e perdi com o Del Potro na primeira ronda. Foi duro.”

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Murray. “Eu mudaria um encontro contra ti. Se pudesse mudar um resultado, mudaria a final de Roland Garros em 2016. A terra batida sempre foi um desafio enorme para mim e se eu tivesse conseguido vencer aquela edição teria sido o maior feito da minha carreira. É claro que também perdi muitas finais na Austrália contra ti…”

QUEM É O MELHOR DE TODOS OS TEMPOS E COMO SE DECIDE ISSO?

Djokovic. “Eu penso que é uma combinação de Grand Slams, semanas a número um, os Masters 1000 e o confronto direto. Os Grand Slams é o mais importante, provavelmente. Pessoalmente tenho sorte de estar na luta e estou honrado por isso, mas ao mesmo tempo é difícil de dizer que alguém é o melhor de todos os tempos por causa de uma estatística ou outra. Não gosto de comparar gerações.

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Murray. “Concordo que o Borg seria incrível nesta geração e que o Rafael Nadal seria top nas anteriores. Mas a verdade é que os três melhores de sempre estão nesta geração. Vocês jogaram 55, 50, 40 vezes entre vós. Nos torneios mais importantes. Para mim os três melhores de sempre jogam agora. É difícil julgar e não sabemos o que vai acontecer no futuro. Mas penso que o melhor jogador da história da terra batida está em atividade, o melhor de sempre em relva também e o melhor da história em piso rápido também.”

O SERVIÇO DE KYRGIOS

Djokovic. “Para a altura que tem, tem o melhor serviço que já defrontei.

Murray. “Treinar com ele algumas vezes e é incrível a facilidade com que ele acelera o braço sem qualquer problema.”

Djokovic. “Ele treina? Enorme talento…”

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O QUE FAZEM QUANDO ACORDAM?

Djokovic: “Eu agradeço, rezo, dou um abraço à minha mulher se ela ainda estiver na cama e corro para as minhas crianças”.

Murray. “Eu vou fazer xixi. Vou tirar os meus filhos da cama e dou comida aos meus cães.”

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Os dois jogadores definiram ainda o seu jogador perfeito, mas não concordaram em muitas das pancadas.

Veja o direto COMPLETO que os dois jogadores fizeram:

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com