Diretor do Australian Open defende-se: «Não houve um favor especial a Djokovic»

Diretor do Australian Open defende-se: «Não houve um favor especial a Djokovic»

Por Bola Amarela - janeiro 5, 2022

Craig Tiley chegou-se à frente para falar sobre a exceção médica que Novak Djokovic recebeu para poder participar no Australian Open. O diretor da Tennis Australia e responsável máximo pela organização do primeiro Grand Slam da temporada falou sem tabus sobre a questão, mas não teve a oportunidade de dar mais detalhes sobre a razão da autorização dada a Nole. Só o sérvio o poderá fazer. Mas Tiley garante que não houve favores.

“Houve 26 pessoas que fizeram candidaturas médicas, mas se não cumpriram as regras, e houve muitas que não cumpriram, foram rejeitadas. Uma das condições é ter tido Covid-19 nos últimos seis meses… Qualquer pessoa que tenha essas condições pode entrar. Não houve um favor especial ou oportunidade especial dada ao Novak nem será dada a nenhum tenista”, sustentou no Channel 9.

Questionado sobre o que é preciso para receber a exceção médica, Tiley detalhou o processo. “São as mesmas bases pelas quais qualquer pessoa pode receber uma exceção médica, seja um australiano a voltar a casa ou um visitante internacional. Há várias razões pelas quais podem não estar vacinados. ATAGI definiu regras muito claras que têm de ser seguidas para poder entrar. Para os tenistas, foi um processo foi ainda maior porque houve um painel extra a avaliar as candidaturas. Neste caso, uma exceção médica foi dada com base em informação médica privada que nós não recebemos e que cabe a quem fez candidatura divulgar se quiser”, referiu.

O diretor da Tennis Australia reforçou ainda que houve 26 pessoas ligadas ao ténis a fazerem esse pedido, mas que apenas “um punhado” recebeu a autorização. “A Austrália teve a maior resposta à Covid-19 e o governo fez tudo o que era possível para ficarmos em segurança. Há pessoas a voltar ou a vir para a Austrália que tiveram reações adversas, miocardites, ou porque tiveram Covid-19 nos últimos seis meses. Fizemos com que fosse extra difícil para quem quer que se candidatasse a uma exceção médica para garantir que o processo era certo. A decisão é dos especialistas médicos independentes. Novak fez a candidatura. Houve 26 pessoas que pediram e só um punhado foi aceite”, destacou.

A finalizar, Tiley remeteu para o sérvio qualquer esclarecimento adicional. “Depende do Novak. Não nos cabe a nós falar da informação médica privada. Essa conversa foi entre o Novak e o painel de médicos. E a exceção médica é dada ou não. Dissemos aos jogadores que se querem ter a certeza de que podem vir, que se vacinem. Se têm razões médicas para não o fazerem, há um processo que se pode seguir”, rematou.