De Minaur reconhece a superioridade de Sinner: "Criou uma aura de derrotar todo mundo"

De Minaur reconhece a superioridade de Sinner: “Criou uma aura de derrotar todo mundo”

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 22, 2025

À décima vez, não foi de vez para Alex de Minaur. O australiano perdeu mais uma vez para Jannik Sinner e se despediu do Australian Open nas quartas de final, também falhando o acesso inédito às semifinais de um Grand Slam. No final, o “Demon” estava naturalmente frustrado.

“Vou ser completamente sincero e transparente. É duro. É difícil jogar contra alguém como o Jannik, porque há muitos fatores que variam no marcador hoje em dia. Quanto ao confronto, acho que é o pior, e podemos ver isso no head to head. Nestes tipos de condições, ainda é mais difícil. Competes e tentas de tudo, mas nestas condições, onde está mais frio, não dá para tirar a bola da sua zona de ataque, e ele só descarrega sem falhar. É difícil. Acho que, se jogássemos no meio de um dia muito quente, veríamos alguns erros, e ele não estaria no seu melhor nível. Mas em condições como hoje, é difícil deixá-lo nervoso”, considerou.

De Minaur também destacou a dinâmica de Sinner. “Ele criou uma aura de derrotar todo mundo. Ele não teve uma semana aqui ou ali, ele ganhou de todos. A melhor maneira de descrever é que, há um ano, ele jogou contra o Novak aqui e fez isso de forma impecável, sem ceder muitos games. Novak é provavelmente o melhor a jogar nesses courts. O fato de ter esse nível tão alto e ser capaz de fazer isso contra esses jogadores é muito difícil. Você entra no jogo sabendo que será uma batalha, será difícil e tentará coisas diferentes. Mas quando ele fica uma hora e meia sofrendo para ganhar os jogos e tenta encontrar formas de subir o placar, é muito surreal”, confessou.

Por fim, o australiano foi questionado sobre se acredita que tem chances reais de conquistar um Grand Slam. “É muito complicado para mim sentar aqui depois dessa derrota e dizer que acredito que posso ir até o final. Mas sim, acho que realmente há oportunidades. O tênis é muito mais do que os confrontos. O meu pior confronto direto é com o Jannik. Mas, se eu estivesse em outra parte da chave, quem sabe? Vou tentar me dar oportunidades, não acho que meu teto seja os quartos de final de um Slam. Vejo outros jogadores chegando às semifinais ou finais, e acho que posso estar entre eles. Se eles conseguiram, por que não eu?”, sentenciou.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt