Collins brilha na Austrália… sem treinador: «Ninguém faz os trabalhos de casa por mim»
Danielle Collins certamente nunca vai esquecer as duas semanas que passou na Austrália. A norte-americana prepara-se para se estrear no top 10 depois de se sagrar vice-campeão, sendo que apenas não conseguiu resistir a Ashleigh Barty na final do Australian Open. Ainda assim, Collins faz um balanço claramente positiva desta aventura em Melbourne Park, até porque se apresenta… sem treinador.
“De certa forma, eu treino-me a mim própria. Creio que joguei a final com o plano de jogo certo. Fiz o que podia, mas infelizmente algumas coisas não funcionaram. Tecnicamente é difícil fazer todas as coisas certas se não estás nas melhores condições físicas. O meu corpo nem sempre esteve de acordo comigo, tive de lutar contra ele. Mas a minha avaliação é muito boa. Há áreas em que tenho de melhorar, mas saio orgulhosa por saber não que não tenho treinador e estou a fazer isto sozinha”, destacou.
Mas Collins foi mais longe e explicou como é não ter um treinador a tempo inteiro num circuito tão exigente. “Há muitíssimas jogadoras top que têm uma equipa inteira que lhes faz os trabalhos de casa. Não foi assim que a minha carreira se desenvolveu, estou há vários meses sem trabalhar com um treinador de forma consistente, então a mim ninguém me faz os trabalhos de casa. Tenho de ser eu, com muito trabalho de scouting e trabalho técnico. Não tem sido fácil, é um desafio absoluto e custa a nível mental, mas continuo no processo e estou a aprender muito”, admitiu.
Questionada sobre como vai lidar com mais fama que agora vai ter, bem como com o estatuto de top 10, Collins remeteu para uma área diferente. É que agora espera aproveitar a sua experiência e exposição para passar mensagens. “Uma das coisas que mais importância tem para mim é a saúde da mulher, especialmente depois do caminho que tive de passar com a minha endometriose e a artrite reumatóide. Gostava de continuar a contar a minha história e ser amiga para quem está a sofrer. Essa é a minha prioridade. Poder ajudar jovens, em especial as meninas. Já estive na situação delas e gostava de ser uma espécie de guia. Faço-o de coração”, confessou.