Chang, campeão de Roland Garros aos 17 anos, desabafa: «Gostava de ter desfrutado mais»

Chang, campeão de Roland Garros aos 17 anos, desabafa: «Gostava de ter desfrutado mais»

Por Bola Amarela - maio 19, 2020
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Michael Chang, o campeão mais jovem da história da Era Open em Roland Garros, em 1989 com 17 anos, contou ao ‘Behind the Racquet’ que gostaria de ter gerido melhor a sua carreira depois de ter tido sucesso tão precocemente.

“Há algo que mudaria no meu tempo de profissional: a minha mentalidade. Não percebemos a rapidez com que o tempo passa. Às vezes estava a jogar e pensava:  ‘Eu sei que terminou este ano, mas ainda tenho o ano que vem’. Tornei-me profissional no dia anterior ao meu 16.º aniversiário e retirei-me no anterior ao 32.º. Os anos passaram. Se voltasse atrás, há momentos em que talvez eu tivesse desfrutado um pouco mais, como de ganhar um torneio pequeno. Acho que não gostei o suficiente de ter sido número dois do Mundo”, confessou o atual treinador de Kei Nishikori.

A jogador de New Jersey, com origem asiática, também gostava de ter tido outra mentalidade nos treinos: “Também mudaria, sim. Se eu soubesse que seria profisional por mais de 15 anos, provavelmente teria encarado os treinos de forma diferente. Hoje em dia, os jogadores têm carreiras longas porque sabem como preservar o seu corpo, há um processo muito mais avançado que beneficia os jogadores mais velhos. Muitos jogadores no top 10 podem jogar além dos 30 anos e isso era muito raro nos anos 90.”

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Chang também falou também sobre o seu trabalho como treinador. A liderar a equipa de Kei Nishikori desde 2014, o americano sabe com o que pode contribuir: “Para mim, o treino não é uma tarefa muito difícil, pois eu era um jogador com muita cabeça, muito cerebral. Eu não tinha altura nem força, tinha que pensar e calcular para vencer. Como treinador, cuido de dissecar o estilo de um jogador e criar uma estratégia, algo semelhante ao que fiz no circuito. A coisa mais difícil de treinar é ter de ficar sentado nas bancadas e saber que não posso fazer mais pelo meu jogador durante o jogo. É difícil ver um padrão do rival que está a machucar o meu jogador e que ele não consegue identificar. Para mim, a satisfação de ser treinador reside em ver como os jogadores melhoram. O Nishikori é um daqueles jogadores que acertam as coisas à primeira vez. Ela é um aluno maravilhoso, de várias maneiras “.