Cervara explica o momento em que Medvedev se tornou "um meteorito" outra vez

Cervara explica o momento em que Medvedev se tornou “um meteorito” outra vez

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 8, 2023

Daniil Medvedev saiu do top 10 depois de perder no Australian Open e entrou em uma fase difícil, como o próprio Gilles Cervara admitiu. No entanto, o treinador do russo revela o momento em que tudo mudou e que levou a que o russo para uma sequência de três títulos seguidos – Roterdã, Doha e Dubai.

SAÍDA DO TOP 10

Ao voltar da Austrália, as duas semanas de treino que tivemos foram muito complicadas, já não tinha confiança. Quando não ganhas, não te sentes bem, não sentes nada, mas tens que gerir isso. É a beleza do trabalho, sobretudo quando se vai para baixo, então nessas duas semanas estivemos em um espaço incerto.

CHEGADA A ROTERDÃ

No dia antes do primeiro jogo em Roterdã, antes de treinar com Bonzi, eu disse para ele: ‘As nossas últimas conversas foram positivas, então durante os jogos não vou interferir no jogo, terás de encontrar as soluções sozinho. Não vou falar nada contigo, mas vou escrever um papel com as coisas que estou sentindo se ajudar nos jogos”. Escrevi no título ‘Daniil, Roterdã 2023’ e coloquei no bolso dele.

DUELO COM DAVIDOVICH

No primeiro jogo com Davidovich aconteceram muitas coisas, muitas não se podem explicar porque estão ligadas à intimidade da equipe, mas foi aí que o Daniil mostrou ser grande, surpreendente, foi quando a chama se acendeu mesmo. Quando está aceso, é o de sempre, um meteorito que continua a sua trajetória cada vez mais quente. Quanto durará? Espero que o maior tempo possível.

TRÊS TÍTULOS CONSECUTIVOS

Agora está jogando em um nível muito alto, ele próprio define como algo mágico. Não sei se é um efeito mágico, mas a realidade é que se trata do processo de recuperar a confiança, mas a confiança é algo que se deve construir todos os dias. Quando alcanças esse nível desejado, tudo se multiplica. Por isso também acho que isto pode durar muito tempo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt