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Boris Becker defende que ausências de Federer e Nadal prejudicaram Djokovic
A preocupação de Novak Djokovic passará por recarregar as baterias para a nova temporada, mas é ainda a sua atípica época de 2016 que se vai esmiuçando por esta altura. Depois de monopolizar a primeira parte da temporada e cimentar-se como número um mundial de uma forma sem precedentes (teve uma vantagem recorde para o segundo classificado no ranking – Andy Murray), o sérvio descarrilou.
Entre inúmeras opiniões e explicações, Boris Becker apresenta uma interessante teoria para a esquizofrenia em que se tornou o ano do número dois mundial. “Ele ficou sem os seus adversários”, defendeu o super-treinador do sérvio, em declarações à CNN, referindo-se a Roger Federer e Rafael Nadal, que praticamente não jogaram na segunda metade da época.
“O seu momento foi com Nadal e Federer. O Andy foi sempre o quarto jogador. Por isso, ele perdeu de alguma forma os seus adversários. Murray está a mostrar o que nunca tinha mostrado até aqui”, referiu o alemão de 49 anos.
Enquanto Federer não foi além dos 28 encontros disputados e não conquistou qualquer título (o que não acontecia desde o ano 2000), dando por terminada a temporada em julho para recuperar da cirurgia ao joelho, Nadal não passou da quarta ronda em qualquer Grand Slam e colocou um ponto final na sua época em outubro.
Reviravolta em 2017
A pesada derrota para Andy Murray no ATP World Tour Finals e o afastamento definitivo do posto de número um mundial não fazem Becker duvidar do atual valor do seu atleta. “Pode ser o ponto de partida para uma reviravolta de Djokovic em 2017. A forma como ele perdeu vai inspirá-lo e motivá-lo para o próximo ano. Talvez tenha sido uma coisa boa”, referiu o ex-jogador alemão sobre o jogador em quem confia a sua própria vida.
“O Novak compete com o coração. Se tivesse de escolher um jogador para salvar a minha vida, escolheria o Djokovic. Confio totalmente nele”, confidenciou Becker, sem saber ainda se o seu futuro passa pela equipa técnica do jogador dos Balcãs. “O Novak é que é o chefe, vamos falar sobre isso esta semana”.
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