Borges: "A Arthur Ashe intimida, é uma experiência que guardo para a vida"

Borges: “A Arthur Ashe intimida, é uma experiência que guardo para a vida”

Por José Morgado - setembro 3, 2024
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Nuno Borges sofreu pesada derrota frente ao russo Daniil Medvedev nos oitavos de final do US Open e assumiu desilusão pela forma como se despediu de uma das semanas mais especiais da sua carreira, que incluiu ainda a presença nos ‘oitavos’ de pares ao lado de Francisco Cabral.

“É uma derrota pesada. De certa maneira, saio desiludido, mas tenho de olhar para trás e foi uma grande semana. O Medvedev era e foi melhor do que eu em campo, é daqueles encontros que tenho de aceitar que o meu adversário foi melhor e tenho de continuar a trabalhar para continuar a ter oportunidades destas. Apesar de não ter sido um encontro bem conseguido da minha parte, foi uma experiência que guardo para a vida e foi mais um torneio muito bom para a minha carreira. O Arthur Ashe Stadium intimida. As proporções do campo parecem diferentes, a vedação parece muito lá atrás, as laterais são gigantes, há repórteres de imagem ali à volta, parece que estamos tão distantes das pessoas e a bancada nunca mais acaba, o que torna o ambiente especial, mas também intimidante. Claro que pode ter sido um fator para eu não ter conseguido jogar o meu melhor e todo o momento ser mais e mais pesado para mim”, confessou em declarações enviadas aos jornalistas portugueses na manhã desta terça-feira.

Borges faz um balanço naturalmente muito positivo da semana. “No geral foi uma prestação muito positiva. Oitavos-de-final não é todos os dias, muito menos para mim. Estou muito contente com este resultado, pelo melhor ranking de sempre e por ser o segundo português de sempre a atingir os oitavos de final em Nova Iorque. É um grande feito e estou muito contente por traçar a minha própria caminhada, que tem corrido muito bem, embora hoje esteja um bocadinho mais triste“.

Medvedev: «O Nuno Borges jogou muito pior do que na Austrália. Acontece…»

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com