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Billie Jean King: «Carlos Ramos abusou do seu poder contra uma mulher. Ele não faz isso com os homens»
Billie Jean King, uma das maiores lendas da história do ténis feminino e responsável pela criação do WTA, foi uma das vozes a levantar-se em defesa da argumentação de Serena Williams, nos dias que se seguiram à polémica final do US Open, brilhantemente vencida por Naomi Osaka.
“A barreira que as mulheres enfrentam para o topo nunca se sentiu mais impenetrável do que na final feminina do do US Open. O que deveria ter sido um encontro para a história da modalidade, tornou-se numa demonstração de abuso de poder. A causa foi a inconsistente aplicação de uma regra – e a regra em si – que levou à advertência que o árbitro Carlos Ramos deu a Williams. Todos os treinadores fazem coaching e nenhum jogador deveria ser penalizado pelas ações do seu treinador”, dispara Billie Jean, que até marcou presença na cerimónia do sorteio.
Billie Jean insiste que houve abuso de poder por parte de Carlos Ramos. “Ramos passou dos limites. Tornou-se parte do jogo e envolveu-se no resultado final. O trabalho de um árbitro é manter o controlo da partida e ele deixou que ela saísse do controlo. As regras são o que são, mas o árbitro tem discrição, e Ramos assumir o protagonismo. É verdade que Williams poderia ter-se acalmado depois dos dois primeiros warnings (e nem sei se ela percebeu o primeiro), mas Ramos tratou Williams de forma diferente do que os jogadores masculinos são tratados? As mulheres são tratadas de maneira diferente na maioria das áreas da vida. Ainda mais as mulheres negras. E o que se viu em court no sábado vê-se muitas vezes fora dele”.