Berrettini supera amigo Auger-Aliassime e luta com Hurkacz por final inédita em Wimbledon

Berrettini supera amigo Auger-Aliassime e luta com Hurkacz por final inédita em Wimbledon

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 7, 2021

Matteo Berrettini entrou no All England Club como uma das ameaças no quadro principal e a verdade é que está a concretizar todo esse potencial. É que o 9.º classificado do ranking ATP já está nas meias-finais de Wimbledon, depois de levar a melhor diante do seu bom amigo Felix Auger-Aliassime. Num duelo cheio de nervosismo, tal era a oportunidade para os dois tenistas, resistiu aquele que, com mais experiência, soube aproveitar as oportunidades nos momentos-chave.

O transalpino de 25 anos fechou com 6-3, 5-7, 7-5 e 6-3, ao cabo de pouco mais de 3 horas, num duelo que, roubando uma expressão ao futebol, nem sempre teve nota artística devido ao peso que se percebia que estava nos ombros de ambos. Mas Berrettini, que entrou a voar no encontro, acabou mesmo por resistir e garantiu a sua segunda meia-final da carreira em torneios do Grand Slam, isto depois de ter ficado nessa mesma ronda no US Open, em 2019, aos pés de Rafael Nadal.

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Berrettini vai agora à procura de se tornar apenas no quarto italiano a atingir a final de um torneio do Grand Slam, depois das façanhas de Giorgio De StefaniNicola Pietrangeli (campeão por duas vezes em Roland Garros) e Adriano Panatta (dono de um título em Paris). Além disso, torna-se apenas no segundo italiano a atingir as ‘meias’ em Wimbledon, depois de Pientrangeli… em 1960. Certo é que o grande sonho de Berrettini é mesmo erguer um troféu de um Grand Slam, algo que Itália não sabe o que é no ténis masculino desde 1974, quando Panatta venceu em Roland Garros.

Para atingir essa final, o 7.º cabeça-de-série, que apenas cedeu dois sets até agora, vai ter de ultrapassar o polaco Hubert Hurkacz, responsável pela pesada derrota de Roger Federer. O polaco venceu o único encontro que disputaram até agora, mas em circunstâncias bem diferentes: aconteceu no… qualifying do Australian Open, em 2018, com os parciais 7-6(5) e 6-3.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt