Berrettini fala do Big Three italiano e das redes sociais: «É impressionante a maldade que existe»

Berrettini fala do Big Three italiano e das redes sociais: «É impressionante a maldade que existe»

Por Pedro Gonçalo Pinto - outubro 28, 2022

Matteo Berrettini tem tido um ano particularmente complicado com vários problemas físicos. Depois de parar durante três meses devido a uma operação à mão direita, agora é um dos pés a incomodar o atual número 14 do ranking ATP, que não conseguiu evitar essa queda no ranking. Ainda assim, Berrettini mantém-se com espírito positivo. Numa entrevista interessante, também falou de um Big Three italiano e do impacto das redes sociais.

A NOVA LESÃO

Felizmente não é grave. Era importante evitar qualquer tipo de lesão séria, mas há líquido no pé que tem de ser eliminado. Depois vamos perceber o que o provocou, há que ter paciência. Desde que era miúdo que tinha problemas, já que me levo sempre ao limite. O desporto a este nível não é o melhor para o corpo e viajamos imenso também. Às vezes a lesão é mais mental do que outra coisa. Sinceramente, o que joguei este ano, os resultados até são positivos.

BIG THREE ITALIANO COM SINNER E MUSETTI

Somos muito mais, não apenas três jogadores. Não estamos muito longe uns dos outros. Sonego teve um ano difícil, mas foi número 20 do Mundo. Fognini é sempre perigoso e com Bolelli está a fazer um grande ano em pares. O melhor que há muita gente a seguir-nos. Não me interessa se me preferem a mim, ao Musetti ou a Sinner. O que é preciso é que o ténis seja popular. É bonito mas também perigoso, porque podem chegar comentários absolutamente destrutivos.

IMPACTO DAS REDES SOCIAIS

Estou nas redes sociais mas não muito. Leio o que se escreve. Às vezes rio, às vezes fazem-me sentir mal. É impressionante a maldade que existe em algumas pessoas. Pergunto-me como alguém consegue canalizar a sua raiva contra outra pessoa. A falta de sensibilidade espanta-me, como se fossemos máquinas perfeitas. Se estamos bem metem-nos num pedestal, se perdemos devemos ser cancelados por completo. No fim vou dormir e no dia a seguir estou tranquilo, mas é uma pena que o ténis seja visto assim.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt