Bélgica e Grã-Bretanha na final do Grupo Mundial
Bélgica vs Argentina, 3-2
Pela primeira vez nos últimos 111 anos a Seleção Belga conseguiu alcançar a final da maior competição de seleções de ténis do mundo. E com remontada incluída. No sábado, o par argentino Berlocq/Mayer derrotou Bemelmans/Darcis por 6-2, 7-6(2), 5-7 e 7-6(5), colocando a Argentina a vencer por 2-1. No entanto, a Bélgica ainda estava viva e numa grande demonstração de força dos seus atletas, venceu ambos os encontros de singulares neste domingo.
Primeiro, foi David Goffin a jogar e a dar o 2-2 aos belgas com uma vitória em três sets sobre Diego Schwartzman – 6-3, 6-2 e 6-1. O jogador argentino que surgiu em substituição do inicialmente designado Leonardo Mayer, não apresentou argumentos suficiente para incomodar um concentradíssimo Goffin que precisou apenas de 1h46 para levar ao delírio os cerca de oito mil belgas que assistiam a este momento histórico. “Foi o encontro perfeito.” disse o nº1 belga.
Seguia-se o encontro decisivo: Steve Darcis ou Federico del Bonis poderiam qualificar as respetivas seleções para a final. Dois jogadores com rankings muito semelhantes – o belga é o 64º e o argentino é o 65º do mundo – mas com opiniões diferentes quanto à superfície em que estavam a jogar: Del Bonis dá-se melhor com o pó de tijolo, enquanto Darcis se sente muito bem em hardcourt. Depois de repartirem os dois primeiros sets, Darcis tomou o controlo do encontro, venceu o terceiro set e no quarto, depois de alguns breaks para os dois lados, viu-se a servir para fechar a eliminatória mas desperdiçou dois matchpoints levando ao desespero os seus compatriotas. No tiebreak acabou por fechar ao terceiro matchpoint, 6-4, 2-6, 7-5 e 7-6(3). Fez-se história em Bruxelas. O próximo capítulo será escrito entre 27 e 29 de Novembro, também em solo belga.
Grã-Bretanha vs Austrália, 3-2
Desde 1978 que não víamos os britânicos na final da Taça Davis. Inspirados por um brutal Andy Murray, essencial nos três dias da eliminatória, derrotaram uma combativa seleção australiana que alimentou até domingo a esperança de chegar à final de uma competição que não vence desde 2003. No sábado, Grã-Bretanha colocou-se numa posição privilegiada quando o par de irmãos Murray derrotou a dupla formada por Hewitt e Groth em cinco renhidos sets – 4-6, 6-3, 6-4, 6-7(6) e 6-4.
No domingo, foi logo no primeiro singular que ficou tudo resolvido. Andy Murray (quem mais podia ser?) bateu Bernard Tomic em apenas três parciais, 7-5, 6-3 e 6-2, e completou mais uma eliminatória perfeita já que venceu os três encontros em que participou: o encontro de singulares de sexta-feira, o encontro de pares de sábado (com o irmão Jamie) e o encontro de singulares decisivo de domingo. O duelo não teve muita história tal foi o domínio e o controlo demonstrado pelo atleta de Dunblane. Apenas o primeiro set teve algum frisson depois de Murray ter fraquejado quando servia a 5-3, mas pouco depois emendou a mão e venceu o set após quebrar novamente o australiano. Os dois sets seguintes foram uma mera formalidade para o britânico que fechou o encontro em 1h46. Ele que nesta eliminatória esteve umas impressionantes 7h29 em court. Incansável! O capitão britãnico, Leon Smith, após o encontro, teceu palavras elogiosas sobre a estrela da companhia considerando que “quando o Andy está connosco faz uma enorme diferença; a sua dedicação à equipa tem sido inacreditável.”
Por fim, num encontro que serviu apenas para cumprir calendário, Thanasi Kokkinakis derrotou Dan Evans por 7-5 e 6-4. Wally Masur, capitão da Austrália, mostrou-se esperançoso de que “nos próximos três a cinco anos a Austrália será uma excelente equipa”. Ao mesmo tempo, deixava escapar que acredita que Lleyton Hewitt será o capitão da Austrália a partir do próximo ano.