Becker revela a conversa em trem para Paris que fez o “clique” em Rune

Holger Rune começou a trabalhar com Boris Becker em Basileia com o objetivo de se classificar para o ATP Finals e a parceria vem funcionando. O dinamarquês conseguiu marcar presença em Turim depois de ter elevado o nível de jogo, e a mãe do jogador até já confirmou que Becker vai continuar na equipe em 2024.

Ao “Eurosport”, o treinador alemão explicou como foi trabalhar com Rune neste intenso final de temporada. “O começo foi muito intenso porque estava em jogo a participação do Holger no Finals. Para ser claro, ele teve um verão muito ruim. Com um set e break abaixo na primeira ronda na Basileia, todos pensavam que seria outro jogo difícil, mas mostrou qualidades de luta e tinha muita vontade de ganhar”, admitiu Becker, que revelou as conversas com o seu pupilo.

“Durante a preparação discutimos sobre o porquê de ter perdido os jogos. Foi pela sua direita, pela esquerda ou atitude? Se a atitude não é a correta, então não precisa jogar tênis. Melhorou a sua atitude jogo após jogo, mas também o seu estilo de jogo. Perdeu a semifinal na Basileia, esse também não foi um bom jogo”, avaliou.

Leia também:

– Djokovic se irrita com torcedores britânicos: “Aprendam a respeitar as pessoas! Se calem!”
– Como fica o top 10 da ATP ao fim da temporada de 2023
– A bela reflexão de Sinner: “A pressão é um privilégio”

Mas foi no deslocamento da Basileia para Paris que houve a conversa que foi o ponto de mudança na relação. “No trem da Basileia para Paris houve uma crítica de manobra interna. É por isso que peço aos meus jogadores para dizer a verdade, mesmo que doa. As coisas correram muito melhor em Paris. Posso ser o representante máximo da equipe técnica, mas sou tão importante como o nosso analista Mike James e o preparador físico Lapo Becherini. E a Aneke (mãe de Rune) é a mãe da empresa. Nada funciona sem ela. Para uma pessoa que nunca jogou tênis, ela tem um conhecimento incrível e, sobretudo, sabe o que é bom para o seu filho”, concluiu.