Badosa e um título especial em Washington: "Há um ano, estava no sofá"

Badosa e um título especial em Washington: “Há um ano, estava no sofá”

Por Pedro Gonçalo Pinto - agosto 5, 2024

Paula Badosa voltou a conquistar um título WTA mais de dois anos depois, brilhando para garantir o troféu em Washington. A espanhola passou por um calvário de lesões, mas agora sorri novamente e afirma que não há tempo para olhar para trás ou duvidar deste momento.

TÍTULO MUITO ESPECIAL

Isso significa muito. Foi um dia muito difícil porque realmente queria ganhar este título acontecesse o que acontecesse. Foi muito emocionante, finalmente consegui depois de tudo, estou super orgulhosa de mim mesma. Não posso estar mais contente depois de conquistar este título. Agora preciso me acalmar, valorizar o momento. Foi uma batalha mental para superar barreiras. Estou ansiosa pelo próximo torneio para enfrentar novos desafios.

Leia também:

– HISTÓRIA! Djokovic vence batalha fabulosa com Alcaraz e é campeão olímpico
– Djokovic: “Ainda estou em choque, dei tudo por esta medalha de ouro”
– João Fonseca após primeiro título em Challenger: “Procuro aprimorar meu jogo e vencer partidas”

CRESCIMENTO QUE DEIXA ORGULHO

O que mais me deixa orgulhosa é ver como lidei com esta semana, como geri os momentos difíceis, de pressão. Houve alguns bastante complicados, especialmente nas quartas de final e agora na final também. O que aprendi é que sou mais forte do que pensava, então poderei atacar; as coisas boas sempre vêm junto com um título. Muitas vezes duvidei de mim mesma, não deveria fazer isso. Tenho que continuar a acreditar.

DIFERENÇA DE HÁ UM ANO

Há um ano, estava no sofá, então há uma grande diferença. Agora sou uma atleta novamente; ganhar um título mais de dois anos depois significa muito. Também significa que disputei quatro finais e venci todas as quatro; tinha isso na mente no terceiro set. Agora estou em um lugar muito bom. Precisava vencer um grande título para mim; pela minha personalidade, não fico satisfeita apenas chegando à final ou às semifinais. Sou muito perfeccionista, e às vezes isso me deprime, mas nos momentos importantes me dá uma vantagem extra.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt