As cinco chaves para Tsitsipas bater Medvedev rumo à final do Australian Open
Quando o Australian Open arrancou, Stefanos Tsitsipas nem era muito considerado um grande favorito, tendo em conta as dúvidas que havia em relação à sua condição física. No entanto, o grego tem vindo a crescer e assinou uma exibição extraordinária para arrasar Jannik Sinner e encher-se de confiança para defrontar Daniil Medvedev. Será que vai conseguir a desforra das ‘meias’ da época passada em Melbourne Park? Eis as chaves para isso acontecer.
Paciência, muita paciência – Auger-Aliassime é um tenista extremamente agressivo e, ainda assim, o que fez a diferença enquanto liderou contra Medvedev foi a paciência que teve para escolher quando atacar. Tsitsipas terá de fazer isso na perfeição para sonhar com a vitória. Se for à procura do winner demasiado cedo – acumulando mais erros – ou se ficar só à espera, então a tarefa fica difícil. Vem aí uma guerra brutal.
Entrar na cabeça de Medvedev – O russo confessou que tentou fazer isso contra Maxime Cressy para forçar erros e já por várias vezes o vimos a tentar fazer isto aos adversários. Não se trata de jogar sujo ou provocar, mas se Tsitsipas conseguir incomodar Medvedev e entrar na cabeça do número dois mundial, pode estar aí meio caminho para a vitória por levar a descontrolo.
Variar o serviço – Até em virtude da sua posição de resposta, Medvedev tende a conseguir neutralizar até certo ponto o serviço dos adversários, se estes se tornarem monótonos. Por isso mesmo, o grego está obrigado a variar a potência, a ser imprevisível com os efeitos e a não ser óbvio com a direção para colocar dúvidas na cabeça de Medvedev.
Abrir ângulos – Para não deixar o ‘polvo’ Medvedev confortável na linha de fundo, há que mudar muita a direção das pancadas. A potência também será importante, mas é fundamental que Tsitsipas consiga manipular as suas direitas e esquerdas cruzadas, de maneira a abrir ângulos acentuados que obriguem Medvedev a correr muito desde o fundo do court.
Resistir fisicamente – Parece algo evidente, mas é ainda mais importante para o grego, visto que em novembro foi operado ao cotovelo direito e até o próprio médico que o operou não acreditava que fosse jogar o Australian Open. Tsitsipas aguentou os cinco sets contra Fritz, mas não houve trocas de bola tão exigentes como agora se esperam. Como é que o corpo vai reagir?