Alcaraz: "Marozsan jogou em um nível muito alto, não consegui acompanhar"

Alcaraz: “Marozsan jogou em um nível muito alto, não consegui acompanhar”

Por José Morgado - maio 15, 2023
alcaraz marozsan derrota roma
Giampiero Sposito/Internazionali BNL d’Italia

Carlos Alcaraz passou esta segunda-feira (15) pela sala de coletivas de imprensa após ser surpreendido na terceira rodada do Masters 1000 de Roma diante do húngaro Fabian Marozsan, naquela que foi uma das maiores surpresas da temporada de 2023 no circuito masculino. O ex e futuro número 1 do mundo falou sobre suas sensações durante a partida.

SURPREENDIDO COM MAROZSAN

Não vi muitas coisas sobre ele mas sabia que vinha de grandes resultados em Challengers. Mas o nível dele me surpreendeu muito. Jogando assim será seguramente top 100 muito em breve. Ele hoje jogou em um nível muito elevado desde início e eu não. Não joguei bem e não consegui acompanhá-lo. Lutei até ao último ponto, procurei encontrar soluções e tive muitas chances no segundo set, que foi mais equilibrado, mas não foi suficiente.

TEMPO PARA DESCANSAR

É a parte boa de perder cedo. Agora tenho uns dias para desconectar, descansar a cabeça e depois voltar a treinar para Roland Garros. Não tenho conseguido treinar mais do que três ou quatro dias porque estou sempre jogando, mas vai ser importante para mim treinar bem para estar em grande nível em Roland Garros. É o meu objetivo principal e quero chegar lá muito bem.

Surpresa do ano? Alcaraz cai em Roma para Marozsan, número 135 do mundo

SEM LESÕES

Não tenho qualquer problema físico, estou perfeito nesse aspecto. Simplesmente não estive bem e nunca consegui estar confortável em quadra. Ele me deixou desconfortável jogando sempre de forma muito agressiva, muito dentro da quadra.

NÚMERO 1 EM ROLAND GARROS

É fantástico ser o primeiro cabeça de chave em um Grand Slam, mas isso não melhora automaticamente minha chave e as minhas chances. Quero fazer um bom resultado em Paris sem pensar muito no ranking.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com