Evert arrisca com Djokovic: "Se ganhar o 25º Grand Slam, encerra a carreira"

Evert arrisca com Djokovic: “Se ganhar o 25º Grand Slam, encerra a carreira”

Por Pedro Gonçalo Pinto - agosto 21, 2024

Novak Djokovic chega ao US Open embalado pelo ouro inédito nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Na hora de analisar o que pode acontecer em Nova Iorque e o que isso pode significar para o sérvio, Chris Evert faz uma previsão arriscada, considerando que um título pode ditar… o fim da carreira de Nole.

FIM DA CARREIRA JÁ?

Se ganhar o 25º Grand Slam, acho que encerra a carreira. Desfaz o empate com Margaret Court e conquistou os Jogos Olímpicos. Ganhar os Jogos era um objetivo muito importante para ele. Quanto a ganhar o US Open, significa tanto quanto ganhar o 25º? Será que ele terá a mesma energia que teve nos Jogos Olímpicos? Vai enfrentar adversários muito duros. Consegue fazer isso duas vezes seguidas? Eu permitiria que ele se aposentasse depois disso. Diria que teria a autorização do mundo inteiro para se aposentar.

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LUTA PELO GOAT

Seria épico se conseguisse juntar os Jogos Olímpicos ao US Open, mas ele é uma pessoa muito motivada, mais do que qualquer outra que já vi. Já enfrentou muitos altos e baixos na sua vida, no seu casamento e nas relações pessoais, talvez por causa da sua grande motivação. Também resolveu tudo. É um bom comunicador e sabe lidar com as situações. Parece estar no melhor momento em muito tempo. Seria hercúleo se ganhasse este torneio e chegasse aos 25. Sem dúvidas, teria que ser o melhor jogador masculino de todos os tempos. E acho que isso já está na mente de muita gente.

MELHOR NÍVEL EM PARIS

Para ele, foi um conto de fadas ter vencido os Jogos Olímpicos, depois do que aconteceu com a cirurgia, com Alcaraz aparentemente tomando o controle e alcançando o seu nível, como em Wimbledon. Voltar a encontrar essa resiliência e esse nível de tênis, que na verdade não vimos o ano todo porque ele não havia vencido um torneio, foi como um conto de fadas.

ACABAR A CARREIRA NO TOPO

Não esperava que ele encerrasse a carreira no topo, mas acredito no karma. Ele se esforçou muito a vida inteira, suportou muito da imprensa e foi o vilão em relação a Federer e Nadal. Merece tudo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt