Swiatek responde a críticas de Radwanska: "Sou número 1 e tenho outras responsabilidades"

Swiatek responde a críticas de Radwanska: “Sou número 1 e tenho outras responsabilidades”

Por José Morgado - dezembro 11, 2023

Iga Swiatek, número 1 do mundo e campeã de quatro torneios de Grand Slam aos 22 anos, o último dos quais na edição deste ano de Roland Garros, confessou neste domingo estar novamente muito orgulhosa pelo seu percurso na temporada de 2023, onde chegou a perder a liderança do ranking WTA, mas na qual acabou por ser, mais uma vez, a melhor jogadora da temporada.

2022 OU 2023, QUAL FOI A SUA MELHOR TEMPORADA?

É difícil comparar. Em 2022, tudo começou muito bem com aquela incrível série de 37 vitórias consecutivas que, sinceramente, nem sei como aconteceu. Ganhei Roland Garros. Mas este ano foi diferente porque tive várias lesões. Algumas delas poderiam ter me mantido fora dos courts por mais tempo se as tivesse gerido pior. Tive muitos altos e baixos em termos de forma e a rivalidade com a Sabalenka foi muito intensa. Por isso, houve muitos mais desafios em 2023 do que em 2022. Acabar como número 1 deixou-me muito orgulhosa.

UNITED CUP PARA ABRIR O ANO

Alguns encontros de exibição e a United Cup vão me ajudar bastante a começar 2024. Joguei com o Hurkacz há um ano e por isso estamos confortáveis e penso que podemos jogar muito bem. Damos-nos bem fora do court também.

RADWANSKA CRITICOU-A DEPOIS DE PERDER O BJK CUP FINALS

Não me senti ofendida porque não dei importância. Cada uma teve as suas carreiras, com percursos e gestões completamente diferentes. A Agnieszka fez muito pelo tênis polonês. Graças a ela, a seleção alcançou grandes resultados e ela esteve sempre disponível. Mas eu sou a número 1 do mundo e tenho muitas responsabilidades fora de quadra. Em 2023, fui a segunda jogadora do mundo a jogar mais jogos. Às vezes é preciso tomar este tipo de decisões difíceis, especialmente quando os torneios são disputados em continentes diferentes uns dos outros.

PROBLEMAS NO WTA

Muitas das decisões são tomadas sem o nosso conhecimento e participação. E agora é difícil negociar com as diferentes instituições, uma vez que as decisões foram tomadas e os contratos assinados. Esperamos que ainda haja mudanças e que tudo seja facilitado para que possamos nos manter mais saudáveis e capazes de competir em condições ao longo do ano.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com