Alcaraz: "Quando entro em quadra, sou um garoto normal e isso me ajuda"

Alcaraz: “Quando entro em quadra, sou um garoto normal e isso me ajuda”

Por José Morgado - fevereiro 20, 2023
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Carlos Alcaraz, número dois do mundo, conquistou neste último domingo (19) o título no seu primeiro torneio da temporada, em Buenos Aires, e no final do jogo decisivo falou sobre o balanço da semana, a perspectiva para os próximos tempos e o restante de 2023, e ainda sobre algumas das especificidades do seu jogo.

NÍVEL POSITIVO APÓS TANTO TEMPO FORA

Foi uma grande semana para mim. Comecei a jogar bem, mas sabia que havia muito a melhorar. O confronto contra o Lajovic foi muito bom. Parecia que nunca tinha parado de competir. Me mostrei muito forte fisicamente, bem de tênis, bem de mental também. Parecia que estava jogando há muito tempo. Levo muitas coisas positivas desta semana.

2023 É PARA LUTAR PELO NÚMERO UM?

Me espera um ano bonito pela frente. Defendo alguns títulos, mas grandes torneios me esperam e espero desfrutar deles. Estou lutando pelo número um com Tsitsipas e Djokovic, mas não significa que não haja outros jogadores. Há muitas possibilidades para vencedores de Grand Slam e para lutar pelo topo do ranking. Não vou nomear todos porque não quero deixar ninguém de fora.

https://bolamarela.pt/alcaraz-nao-fiz-as-coisas-certas-fora-do-court-e-senti-me-culpado-depois-da-lesao/

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TÉNIS ROMÂNTICO

Tento me divertir e adoro jogar tênis. Adoro competir, vencer e é difícil para mim não desfrutar em quadra. Tento fazer coisas novas, que as pessoas não vêm tantas vezes no circuito. Procuro inventar um bocado em quadra e isso me faz me divertir, sorrir e passar bem. Esse é o objetivo…

PRESSÃO DOS RECORDES E MARCAS

Tento trabalhar dia a dia, cada treino para poder ter um bom nível mental. Para além disso, me rodeio dos meus; equipe, família e amigos que me colocam a cabeça no lugar. Quando piso em quadra, sou um garoto como os outros. Normal. E isso me ajuda muito.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com