Garcia lembra o início da carreira: «Foi duro porque as pessoas esperavam muito de mim»

Garcia lembra o início da carreira: «Foi duro porque as pessoas esperavam muito de mim»

Por Pedro Gonçalo Pinto - setembro 7, 2022

Caroline Garcia está a ser a grande história do verão no circuito feminino, com 31 vitórias nos últimos 34 encontros e um lugar garantido nas meias-finais do US Open. A tenista francesa lembra os tempos em que as expectativas eram enormes e não conseguiu lidar com elas, mas agora mostra-se com espírito renovado para o duelo com Ons Jabeur.

ANÁLISE AO TRIUNFO SOBRE GAUFF

Estou super feliz por esta vitória e por estar nas meias-finais. Foi um encontro muito intenso. Cada ponto e cada jogo foram mesmo difíceis, mas o ambiente com o público norte-americano deu muita energia. Estou muito contente com a minha exibição e pela forma como lidei com as emoções no meu ténis.

DUELO COM JABEUR

Já joghámos uma meia-final de Roland Garros em juniores e uma outra de algum torneio nessa altura. Ela sempre adorou jogar. Era raro defrontar alguém que fizesse tantas coisas como ela num court, com muitas pancadas diferentes. Era uma jogadora muito especial como júnior, realmente difícil de enfrentar, mas agora é muito mais. Está no top 5, chegou à final de Wimbledon, melhorou imenso e será um grande desafio. É muito bom ver as jogadoras com quem cresci.

CRESCIMENTO AO LONGO DOS ANOS

Foi um desafio lidar com tudo, sobretudo em 2011 depois do encontro com a Sharapova, do qual surgiu muitíssima pressão do nada. Eu era número 150 do Mundo, tinha 17 anos, mas o meu jogo não estava pronto, não era capaz de ser consistente porque não tinha o nível. Nas semanas seguintes tentei jogar ao mesmo nível mas foi impossível. Foi duro porque as pessoas esperavam muito de mim, mas eu precisava de tempo. No fim de 2017 e em 2018 chegou o meu momento, tive muito êxito, mas cometemos vários erros. Espero ter aprendido com todos.

Garcia não dá hipótese a Gauff e estreia-se em ‘meias’ de Grand Slam

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt