Djokovic: «As consequências emocionais do que passei na Austrália foram enormes»

Djokovic: «As consequências emocionais do que passei na Austrália foram enormes»

Por Pedro Gonçalo Pinto - maio 6, 2022
epa09924757 Serbia’s tennis player Novak Djokovic in action against France’s Gael Monfils during their Mutua Madrid Open’s men’s round of 32 match at the Caja Magica in Madrid, Spain, 03 May 2022. EPA/Juanjo Martin

Há cerca de cinco meses, Novak Djokovic estava a viver uma das situações mais caricatas e difíceis da sua vida. Ao chegar à Austrália, viu-lhe ser negado o visto e acabou detido num hotel para refugiados. Seguiu-se uma batalha legal rápida mas intensa, que acabou com o número um do Mundo a ser deportado mesmo antes do arranque do Australian Open. Algo que teve impacto no sérvio.

“Acho que subestimei muito o que me acontece ali. Num primeiro momento, voltei a casa e segui em frente como se nada se tivesse passado. Mas nos meses seguintes percebi como me afetou, sobretudo quando comecei a competir. Considero-me uma pessoa muito experimentada no ecossistema tenística, já vivi tudo, mas isto foi totalmente distinto e inesperado. As consequências emocionais foram enormes”, começou por afirmar em entrevista ao Tennis Channel.

“Nos primeiros encontros que joguei não era eu mesmo. Senti que estava na defensiva, emocionalmente falando, e muito nervoso. Jogar na Sérvia, com o apoio da minha gente, ajudou-me a ir recuperando sensações. Tenho de encontrar o equilíbrio perfeito outra vez e transformar tudo isto em combustível para voltar ao melhor nível”, considerou.

Djokovic está nos quartos-de-final do Masters 1000 de Madrid, onde se prepara para defrontar Hubert Hurkacz, antes de poder enfrentar Rafael Nadal ou Carlos Alcaraz nas meias-finais.

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/TennisChanneli/status/1522318482502656000?s=20&t=fJXnOJ1bscb6E-zmHCcJbA

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt