Medvedev e a perda do número 1: «Não me pressionou, tenho Miami para recuperá-lo»

Medvedev e a perda do número 1: «Não me pressionou, tenho Miami para recuperá-lo»

Por José Morgado - março 15, 2022
medvedev-atpcup

Daniil Medvedev, número um do Mundo, foi eliminado esta segunda-feira na terceira ronda do ATP Masters 1000 de Indian Wells e vai perder a liderança do ranking na próxima segunda-feira. O russo de 26 anos ficou naturalmente desapontado mas deu mérito a Gael Monfils, o seu carrasco.

“Não foi o meu melhor encontro, mas o Gaël também jogou bem e às vezes as coisas são assim. É raro sentar-me aqui e achar que joguei de forma incrível e é óbvio que hoje eu não joguei o meu melhor, o Gaël jogou bem e foi o suficiente para conseguir a vitória. Para ser honesto, o segundo e terceiro sets foram muito longe daquilo que posso fazer”, disse o russo que perderá a liderança para Novak Djokovic na próxima segunda-feira.

Medvedev está focado em recuperar a liderança ATP. “Em primeiro lugar, os meus sentimentos não são incríveis em relação ao torneio, e às vezes enfrentamos um adversário que joga muito bem, que aumenta um pouco o nível e hoje eu não consegui igualá-lo. Não consegui encontrar o meu ritmo e perdi  aconcentração completamente no terceiro set. É às vezes podemos não nos sentir muito bem num torneio e, de repente, chegamos lá e começamos a jogar muito bem, como por exemplo em Roland Garros no ano passado. Quero muito ser feliz neste torneio mas ainda não foi desta. Defender o número um do Mundo não me pressionou. Achei que poderia dar-me mais motivação, embora já tivesse muita. Agora que sei que vou perder a liderança, mas tenho Miami para recuperar. Normalmente sinto-me um pouco melhor em Miami do que aqui. Como sempre digo, quando jogo o meu melhor ténis é muito difícil vencerem-me, mas a parte mais difícil deste jogo é jogar essa versão semana após semana. É aí que os Big 3 são incríveis, porque não importa em que condições ou em que superfície, eles estão sempre a ganhar torneios ou encontros impressionantes. Tenho de melhorar”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com