Djokovic: «Não fui deportado da Austrália por não estar vacinado ou ter infringido alguma regra»

Djokovic: «Não fui deportado da Austrália por não estar vacinado ou ter infringido alguma regra»

Por Pedro Gonçalo Pinto - fevereiro 15, 2022
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Numa entrevista em que não deixou nada por dizerNovak Djokovic falou também sobre toda a polémica que acabou consigo a ser deportado da Austrália. O número um do Mundo colocou os pontos nos is e apontou o dedo a Alex Hawke, Ministro da Imigração, que acabou por usar um poder pessoal para o deportar da Austrália e impedir de disputar o Australian Open. No entanto, Djokovic garante que jogou sempre limpo e sabia ao que ia.

Além de garantir que não é anti-vacinas, Djokovic detalhou o processo. “Eu sigo as regras. Sempre. No e-mail que enviaram a todos, abriram a possibilidade de ir à Austrália com uma exceção médica. Eu estava disposto a não ir. Amo esse país e para mim foi uma decisão muito difícil porque sabia que não podia jogar o torneio, mas sabia quais eram as consequências. Não deve haver regras especiais para ninguém e eu fui tratado como qualquer outro. Seguimos todas as regras. Cumpri as regras para a exceção médica e fiz a minha candidatura. Fui aceite através de dois painéis médicos”, sublinhou.

Djokovic falou ainda sobre o erro na sua declaração para o visto e revelou que só foi expulso por causa de Hawke. “O erro da declaração do me visto não foi intencional. Foi aceite e confirmado pelo Tribunal Federal e pelo ministro. O que as pessoas não sabem é que não fui deportado por não estar vacinado ou por ter infringido alguma regra ou por ter cometido algum erro no meu visto. O motivo foi porque o ministro da imigração usou o seu poder para cancelar o meu visto porque acreditou que eu podia criar um sentimento anti-vacinas no país ou na cidade, algo com o qual não estou de acordo”, garantiu.

A finalizar, Djokovic garante que leva a sério a Covid-19 e que não minimiza a doença. “Entendo que haja muitas críticas, mas eu sempre levei a Covid de forma muita séria e fiz centenas e centenas de testes porque era o requisito para poder viajar e fazer o meu trabalho como jogador de ténis. Sei que as pessoas vêm com a teoria de ‘grande sorte’, mas ninguém tem sorte nisto e nunca pode ser conveniente ter Covid. Acho que todos estamos de acordo nisto. Muita gente continuar a sofrer com os estragos da Covid no planeta e levo isto muito a sério. Não gosto que alguém pensei que fiz algo a meu favor para ter um visto e poder entrar na Austrália”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt