Berrettini: «A primeira vez que entrei num avião pós-quarentena parecia um filme de zombies»

Berrettini: «A primeira vez que entrei num avião pós-quarentena parecia um filme de zombies»

Por José Morgado - janeiro 5, 2021
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Foto: EPA/WILL OLIVER

Matteo Berrettini, número 10 do ranking mundial, é um dos tenistas que procura fazer em 2021 melhor do que alcançou em 2020, uma temporada que não lhe correu tão bem como desejaria. O italiano de 24 anos, que se fixou com a namorada Ajla Tomljanovic na Florida durante a quarentena de março, abril e maio, admite que lidou mal com as alterações que a vida de todos sofreu por causa do vírus.

A primeira vez que apanhei um avião após o confinamento, senti-me como se estivesse em um filme de zombies. Entre os tenistas estamos acostumados a abraçar e a falta de contacto físico não fazia sentido para mim. Senti muito a falta disso”, assumiu o italiano, que é o primeiro cabeça-de-série do ATP 250 de Antalya, na próxima semana.

Berrettini não esconde que temeu a doença. A preocupação está sempre lá, mas o desejo de jogar é mais forte. Bolhas, quarentenas, testes, é complicado. Antes já tínhamos de ter cuidado com os nossos comportamentos e agora ainda mais. Espero que haja público em Melbourne, os estádios vazios é o que mais me marcou neste ténis de 2020. No US Open mais especialmente no meu torneio de Roma, no Foro Italico. Foi surreal”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt