Federer: «Não merecia ganhar, mas aqui estou eu. Acredito em milagres»

Federer: «Não merecia ganhar, mas aqui estou eu. Acredito em milagres»

Por José Morgado - janeiro 28, 2020
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Roger Federer, de 38 anos, sobreviveu esta terça-feira a inacreditáveis sete match points antes de derrotar o norte-americano Tennys Sangren, número 100 ATP, rumo às meias-finais do Australian Open pela 15.ª vez na carreira. O suíço não escondeu que se sentiu… um sortudo por seguir em frente.

“Às vezes temos de ter sortes. Naqueles match points esperei apenas que ele não fizesse winners, tentei manter a bola em jogo. Tive muita sorte e depois comecei a sentir-me melhor com o decorrer do encontro. Tentei jogar. Depois servi muito bem. Não merecia esta vitória, mas aqui estou eu”, confessou a Jim Courier, na entrevista em court.

O suíço confirmou depois o problema na virilha. “Não gosto de chamar o fisioterapeuta, não gosto de mostrar fraqueza. Senti um problema na virilha que me condicionou a defender. O Tennys é que assumiu as despesas. Eu acredito em milagres. Podia ter começado a chover, nunca se sabe. Esperei que ele acabasse comigo com estilo, mas ele não conseguiu fazê-lo.”

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Minutos depois, em entrevista no Eurosport com Alex Corretja, Federer falou um pouco mais de todo este encontro de loucos. “Salvei sete match points e isso normalmente não acontece. Ele foi o melhor jogador, eu tive problemas com a minha perna, tentei manter-me no encontro e esperar algum milagre e isto foi inacreditável. Tive muita sorte. Quando estás com dores, o mais importante é perceberes o quanto é que pode piorar, mas senti que era uma coisa que poderia passar daqui a uns dias. E depois tentei perceber como poderia lidar com isso. Comecei a sentir-me melhor e coloquei as expectativas todas no adversário. Ficou difícil para ele.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt