Após serem criticados, Federer e Nadal desvalorizam qualidade do ar em Melbourne

Após serem criticados, Federer e Nadal desvalorizam qualidade do ar em Melbourne

Por José Morgado - janeiro 18, 2020
fedal

Roger Federer e Rafael Nadal foram criticados por alguns tenistas ao longo dos últimos dias pelo facto de não terem vindo a público criticar as condições de jogo em que foram realizados os primeiros encontros da fase de qualificação do Australian Open, mas tanto o suíço como o espanhol, as duas figuras mais importantes da modalidade, relativizam o drama ‘criado’ em torno do assunto que tem feito correr mais tinta ao longo da semana de qualifying.

“Vão à rua e perguntem às pessoas que vivem aqui se é perigoso viver cá. Essa não é uma pergunta para fazer a atletas, que estão aqui só durante algumas semanas e em condições privilegiadas. Para que este ar fosse perigoso para a nossa saúde, era necessário que vivêssemos aqui alguns meses, coisa que não acontece”, disparou Roger Federer, antes de lembrar a reunião com os jogadores tida na véspera. “Foi-nos dito que têm havido edições de Jogos Olímpicos com qualidade do ar muito inferior e que neste momento estamos com níveis de ar saudáveis. Foi nos garantido que em nenhum momento a qualidade do ar colocou em risco a saúde dos jogadores. Penso que devemos ir analisando mas que as coisas vão correr bem”.

Nadal, número do Mundo, alinha pelo mesmo discurso de Federer. “Soube dos problemas e perguntei ao diretor do torneio aquilo que se passava. Recebi uma resposta que me convenceu. Eles disseram-se que a questão do ar está a ser monitorizada e que o Comité Olímpico diz que até um AQI (Air Quality Index) de 300 pode competir-se. Aqui o mais alto que esteve foi ligeiramente acima de 200. Vou confiar que um dos Comités mais importantes do Mundo não colocaria a saúde dos seus atletas em risco.”

Dominic Thiem foi outro dos tenistas que concordou com ‘Fedal’, lembrando que em Pequim, onde o austríaco até venceu em 2019, “é muito pior…”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com