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David Ferrer: «Foi uma maneira de ganhar o dia e não devolver o dinheiro dos bilhetes»
David Ferrer foi outro dos jogadores a bater com a porta da catedral da terra batida com estrondo na hora da saída. Afastado pelo checo Tomas Berdych, esta quarta-feira, o espanhol aproveitou o seu tempo de antena para acusar a organização de Roland Garros de não ter no topo das suas prioridades os jogadores.
Depois de Agnieszka Radwanska e Simona Halep terem demonstrado o seu desagrado por terem de jogar com chuva grande parte dos seus encontros na jornada de terça-feira, foi a vez de Ferrer se juntar aos protestos, dizendo que foi a forma encontrada pela organização de “salvar o dia e ganhar dinheiro, e não ter de devolver o dinheiro dos bilhetes”.
“Na minha perspectiva, isso não está certo. Parece que estão a enganar as pessoas”, referiu Ferrer ao El País, sugerindo que a organização terá sujeitado os jogadores a mais tempo de jogo do que o estado do tempo teria permitido, na terça-feira, dia em que o espanhol jogou apenas três jogos diante de Berdych, por uma questão de interesses.
“No fim das contas, nós jogadores, somos os menos importantes neste torneio. Eles só pensam no dinheiro. As condições não eram ideais, sobretudo no court. Por sorte, ninguém se lesionou. Me parece incrível que um torneio histórico não tenha alguns courts cobertos”.
Ao todo, jogou-se 2h01 no Philippe Chatrier, grande parte do tempo debaixo de chuva, e 1h59 no Suzanne Lenglen e nos courts secundários, o que fez com que os espectadores que tinham bilhete para o Chatrier não tivessem direito a qualquer devolução, e os do Lenglen recebessem 50 por cento do valor pago pelos bilhetes. A regra diz que passadas as duas horas de jogo o público perde direito ao reembolso.
Perante as sucessivas críticas, Guy Forget, diretor do torneio, divulgou um comunicado, garantindo que o respeito pelo jogo e pelos jogadores nunca esteve em causa. “Se as acusações fossem verdadeiras, teria sido do interesse dos organizadores pararem os encontros antes da 1h59, para que a nossa seguradora fosse responsável pelos reembolso dos bilhetes”.
“No entanto, não era essa a base da nossa decisão. O nosso objetivo era jogar tanto quanto possível, mesmo que isso significasse sermos criticados por se jogar em condições difíceis”, defendeu-se Forget.
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