Wawrinka sobre Federer: «Ele adora quando eu ganho»

Sem ninguém estar propriamente à espera, Stanislas Wawrinka tornou-se no homem do momento, ao vencer em Paris o segundo Grand Slam da carreira. O jogador suíço deixou que as atenções se centrassem em jogadores como Novak Djokovic e Rafael Nadal nos últimos quinze dias, mas fez virar para si os olhares no último dia do evento gaulês ao sagrar-se campeão de Roland Garros.

Um feito que não deixou ninguém indiferente e obrigou o atual número quatro mundial a ignorar as chamadas que não pararam de chover logo após ter levantado a Taça dos Mosqueteiros. Os compromissos que o estatuto de campeão impõe estão em primeiro lugar, mesmo quando se tem Roger Federer do outro lado da linha.

Wawrinka admitiu não poder falar com o seu amigo e compatriota por ter de comparecer na conferência de imprensa, mas o recordista de títulos do Grand Slam não ficou sem o felicitar, enviando-lhe uma mensagem escrita.

“Ele fica sempre muito feliz por mim. É felicidade verdadeira”, revelou o helvético ao Tennis.com. “Ele gosta quando eu ganho. Ele adora quando isso acontece”, acrescentou.

O antes de Magnus Norman e o depois de Magnus Norman

Aos 30 anos, Wawrinka está a viver, de longe, a melhor fase da sua carreira. Na temporada passada venceu o Open da Austrália e, no final do ano, foi peça fundamental na conquista da Taça Davis pela Suíça. Sucessos com os quais nunca se permitira sonhar até ao dia em que o jogador de Lausanne decidiu chamar para a sua equipa técnica Magnus Norman.

O antigo jogador sueco começou a trabalhar com Wawrinka em 2013 e, numa das primeiras conversas que trocaram, o finalista de Roland Garros (2000) disse-lhe que um lugar entre os oito melhores, no ATP World Tour Finals, estaria dentro dos planos. “Eu disse-lhe: ‘o quê? Eu vou lá estar?'”.

Magnus Normal, finalista de Roland Garros em 2000, é treinador do suíço desde 2013

Até então, o suíço não tinha entrado no top-15, mas Norman parecia saber do que estava a falar. Nesse ano, Wawrinka rumou a Londres no final do ano.

“Alguns treinadores tentam dar-te confiança, estão sempre a puxar para ti, a dizer-te que és o maior, que é uma partida de boxe e que tens de bater no teu adversário com força. Ele apenas me disse pequenas coisas que fizeram toda a diferença”, referiu.

Antes de viajar para Londres, para marcar presença na relva do Queen’s Club, na próxima semana, Wawrinka vai desfrutar de uns dias de folga na Suíça.