Grand Slam para Djokovic? Wawrinka diz que não

Fez o que quase ninguém considerava possível na terra batida de Roland Garros, na época passada, ao meter um travão num muito embalado Novak Djokovic, e, talvez por isso, Stanislas Wawrinka não se deixe ir em grandes euforias quando se trata de fazer previsões sobre o resto da temporada do número um mundial.

Sim, o sérvio de 28 anos “domina neste momento” e têm sido “impressionantes” as façanhas por si protagonizadas no último ano, mas, diz o campeão de Roland Garros, a sua supremacia não se vai manter em todos os restantes Grand Slams do ano sobre todos os adversários.

“Conquistar o Grand Slam? Se tivesse que prever, eu diria que não”, declarou o helvético de 30 anos ao website francês RMC. “Penso que outro jogador vai destacar-se em algum momento”, acrescentou o número quatro mundial, alertando para a possibilidade de acontecer o mesmo que em 2015, quando o jogador de Belgrado falhou um dos “quatro grandes”.

“Ficar tapado pelo melhor jogador de sempre e ter-me tornado seu amigo fez-me aprender”

Wawrinka não está convencido de que Djokovic vença os quatro Majors este ano, mas certezas não faltam quando o assunto passa a ser o jogador com mais créditos na história da modalidade. Para o campeão de dois títulos do Grand Slam ninguém se compara a Roger Federer.

“O mestre vai ser sempre o mestre, por tudo aquilo que atingiu na sua carreira. Para mim, é o melhor jogador de todos os tempos”, exaltou Wawrinka, que garante não se queixar do facto de sempre ter vivido na sombra do seu compatriota. Bem pelo contrário.

“Sempre trabalhei muito, mas ele ter estado à minha frente durante toda a minha carreira ajudou-me muito. Sou tímido, e as pessoas acabavam por falar pouco sobre mim. Ficar tapado pelo melhor jogador de sempre e ter-me tornado seu amigo fez-me aprender”, concluiu o jogador de Lausanne.