Federer deixa recado aos vagarosos: «Muito tempo entre os pontos faz perder o interesse»

Federer deixa recado aos vagarosos: «Muito tempo entre os pontos faz perder o interesse»

Por admin - fevereiro 26, 2017

Quando não está prestar serviço, é bem possível que Roger Federer esteja a seguir as movimentações dos seus companheiros de profissão no court. O campeoníssimo suíço assume-se como um fiel espetador da sua modalidade e, talvez por isso, se coloque com natural facilidade na pele dos fãs.

No Dubai para o regresso à ação depois da conquista do Open da Austrália, o helvético de 35 anos falou com os jornalistas sobre um par de coisas que deviam levar outro rumo no circuito masculino, entre elas o excesso de tempo que muitos dos jogadores levam a colocar a bola em jogo.

“Uma das coisas que gostaria de ver os jogadores a serem mais rápidos entre os pontos”, disse Federer. “Quando estou a ver ténis, muitos jogadores demoram muito entre um ponto e outro. Mesmo quando é let no primeiro serviço, eles demoram a meter a bola em jogo. Isso faz perder o interesse”, salientou.

“Seria importante que os jogadores reconhecessem que não jogam apenas para si próprios, mas também para os fãs, para se manter um bom ritmo de jogo. É essa a minha preocupação”, acrescentou o campeão de 18 títulos do Grand Slam, revelando igualmente apreensivo quanto aos esquemas das apostas.

“É preciso clarificar algumas coisas no ténis e a questão do mercado das apostas é uma das mais sérias. É um problema em que as entidades responsáveis devem trabalhar. Há um relatório que será divulgado agora em março em que estou muito interessado, para saber em que pé estão as coisas”, revelou, afirmando que, ainda assim, “o ténis, de uma forma geral, está a ir muito bem”.

“Cresce todas as temporadas. Vemos cada vez mais estádios cheios, os torneios estão cada vez mais profissionais. Até mesmo o circuito Challenger está em ascensão, e ainda podemos fazer mais”, frisou.

Federer estreia-se no Dubai Duty Free Tennis Championships esta segunda-feira, diante do francês Benoit Paire, quando em Portugal Continental forem 15 horas.