This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Federer revela: «Houve um treinador que me disse que eu não tinha talento nenhum»
Na vida, tal como num encontro de ténis, há situações, muitas vezes pequenos detalhes, que viram de pantanas o rumo dos acontecimentos. Uma vezes para pior, outras para melhor. Mas de maus momentos não reza a história, pelo menos a que conta a vida de Roger Federer.
Numa viagem pela sua infância, o campeoníssimo suíço confidenciou ao ‘Tennis World’ que houve um momento em particular que se revelou um forte beliscão na sua ainda embrionária carreira, e o fez querer transformar-se no campeão que é hoje. “Agora, todos me vêem como uma pessoa calma, mas a minha carreira começou bem menos tranquila”, começou por contar o atual número dois mundial.
“Houve um treinador no meu primeiro torneio que me disse, ‘o máximo que podes fazer com essas mãos é tirar cafés num bar, não tens talento nenhum’. O tipo fez crescer a minha raiva e acabou por mudar a minha personalidade. Levantava-me à noite para treinar. Acendia as luzes do jardim e batia a bola contra a parede centenas de vezes. Batia direitas, esquerdas… todo o tipo de pancadas até ficar convencido de que estavam perfeitas”, relembra.
“Os treinos intensificavam-se, mas o comportamento no court não via melhorias. “Queria melhorar, mas via muitos obstáculos à minha frente e pessoas que não acreditavam em mim. Houve uma altura em que destruía muitas raquetes, quando tinha 16 anos, e fui perseguido por causa disso. Aos 17, a minha família decidiu levar-me a um psicólogo, porque ficava furioso no court. A partir desse momento, o meu crescimento tornou-se constante“, conta.
“Depois de me tornar número um, em 2004, pensei em desistir”
Com a estabilidade emocional vieram os sucessos, entre eles a liderança do ranking. “Depois de me tornar número um, em 2004, pensei em desistir. Tinha conquistado tudo aquilo a que me tinha proposto. Mas disse para mim mesmo que tinha de continuar a jogar porque não tinha de provar nada a ninguém”.
Mas provou. Tornou-se dono de um palmarés inigualável, onde cabem 19 títulos do Grand Slam, e, hoje, Federer agradece “àquela pessoa, porque me fez ter vontade de seguir em frente”, especialmente nos primeiros anos da sua carreira. “Deu-me a força interior para mostrar ao mundo o que poderia vir a ser”.
O final de uma das histórias mais felizes da história da modalidade. “Não se deixem ir abaixo, na vida ou no desporto. Os momentos infelizes vão aparecer acabe a cada um de nós ultrapassá-los”.
- Categorias:
- Fora de Linhas