Zilhão: «Fico feliz por ver que o Tsitsipas quer voltar mas é o agente que negoceia valores...»

Zilhão: «Fico feliz por ver que o Tsitsipas quer voltar mas é o agente que negoceia valores…»

Por José Morgado - maio 5, 2019
zilhao

O diretor do Estoril Open, João Zilhão, fez este domingo um “balanço extremamente positivo” da quinta edição do torneio ATP 250 português, que consagrou Stefanos Tsitsipas campeão e sucessor de João Sousa no Clube de Ténis do Estoril.

“O Stefanos era uma grande aposta nossa, já desde o ano passado, porque vimos que estava ali o futuro da nova geração. Conquistado o torneio, é uma grande alegria para nós, porque é um jogador com um grande carisma e que vem engrandecer a nossa lista de antigos campeões. É apontado por muitos como o futuro número um do mundo. Aos 20 anos, está no top-10 e nos próximos anos vamos vê-lo a brilhar em todas as superfícies. Queremos que ele volte e ficamos felizes pelo facto de ele dizer que quer voltar, mas o cheque tem sempre de aparecer e o agente dele é que negoceia valores, não é o Stefanos”, afirmou.

Em termos desportivos, se elegeu como revelação do torneio o ‘qualifier’ Alejandro Davidovich e o ‘lucky loser’ Pablo Cuevas, que discutiu o título com o jovem grego, de 20 anos, João Zilhão não deixou de lembrar o contributo de João Sousa para o sucesso do torneio e as exibições de João Domingues.

“O João Domingues foi o grande herói português nesta edição e evidenciou-se a um grande nível, depois da vitória do João Sousa no ano passado, que foi memorável e talvez irrepetível. Marcou-me muito a vitória do João Sousa, que foi muito importante para Portugal e para a modalidade nacional, e este triunfo do Stefanos deixou-me muito contente, porque é um nome de referência do ténis mundial e ajuda-nos em termos de visibilidade internacional”, explicou.

Apesar de ter esgotado oito em 10 sessões, o diretor do único torneio ATP 250 português mostra-se satisfeito com o atual palco e, embora admita existirem “outros projetos em cima da mesa que já foram analisados”, confessa preferir continuar no Clube de Ténis do Estoril, onde este ano foram contabilizados mais de 40 mil espetadores.

“Estamos felizes com este enquadramento. Às vezes mudar para maior não é melhor. Sentiría-me muito infeliz de sair daqui para um complexo tipo Caixa Mágica [Madrid], que não tem a alma deste projeto, que pode não ser o melhor em termos de infraestruturas, mas fazemos com que seja especial. Não é mau ter um estádio sempre cheio. Acho que este conceito de um estádio mais compacto, mas adaptado à realidade do ténis em Portugal, funciona muito bem”, finalizou.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com