Wimbledon 2024: as previsões da equipe Bola Amarela

Wimbledon 2024: as previsões da equipe Bola Amarela

Por Pedro Gonçalo Pinto - junho 30, 2024
alcaraz djokovic wimbledon
Divulgação/Wimbledon

É já nesta segunda-feira que inicia a 137ª edição do mítico torneio de Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada. Todas as atenções estão centradas no All England Club, com Carlos Alcaraz Marketa Vondrousova tentando defender os respectivos títulos. Mas Jannik Sinner e Novak Djokovic partem com vontade de fazer estragos, enquanto Iga Swiatek e companhia têm os olhos no troféu. Aqui ficam as tradicionais apostas da nossa equipe!

CAMPEÃO MASCULINO

José Morgado – Carlos Alcaraz: O campeão em título chega a Wimbledon com vontade de se tornar no nono tenista da história a defender o título de singulares masculinos em Wimbledon. Com Novak Djokovic a ser uma incógnita total, é o recente campeão de Roland Garros que parte como favorito, mesmo perante o número 1 Sinner, que ainda procura uma primeira final no All England Club.

Pedro Gonçalo Pinto – Novak Djokovic: Ninguém se sente mais confortável na relva do All England Club do que o sérvio. Ponto assente. Djokovic tem contas a ajustar, quer contrariar todos os que dizem que o seu ciclo já chegou ao fim e sabemos o que tem feito nas vezes em que acaba por ser algo menosprezado. Tem tudo para ir crescendo ao longo da primeira semana e atingir o pico nas rondas finais.

Bruno da Silva –Carlos Alcaraz: Enquanto ainda há dúvidas em relação ao físico de Djokovic, Alcaraz vem com confiança e parece não sentir a pressão.

Marcela Linhares –Jannik Sinner: Tem chave complicada e já pode se enrolar na segunda rodada se pegar Berrettini, mas o número 1 vem de título em Halle, seu primeiro na grama, e já deixou claro como o torneio deu confiança. Acredito que vem o segundo título de slam na temporada!

Nuno Chaves – Carlos Alcaraz: dos principais favoritos é o que tem, teoricamente, o quadro mais acessível. A derrota prematura em Queen’s não me preocupa, até porque o espanhol parece que muda por completo o chip quando vai para um Grand Slam.

Thomas Alencar – Carlos Alcaraz: O espanhol tem uma chave acessível e chega com moral para Wimbledon após conquistar Roland Garros contra Sinner.

DARKHORSE MASCULINO

José Morgado –Tommy Paul: O sorteio é excelente e a forma ainda melhor. Deve chegar aos quartos-de-final diante de Carlos Alcaraz.

Pedro Gonçalo Pinto – Taylor Fritz: O norte-americano vem de uma semana em que não só conquistou o título em Eastbourne como fê-lo sem ser quebrado uma única vez… e mesmo sem jogar um ténis espetacular. O momento chave será o previsível duelo com Zverev nos ‘oitavos’, mas Fritz tem legitimidade para sonhar.

Bruno da Silva –Taylor Fritz: Fritz não tem um caminho fácil — pode enfrentar Tabilo (campeão de Mallorca) na terceira rodada e Zverev ou Draper nas oitavas –, mas já mostrou que é um dos melhores tenistas na grama. O americano soma bons resultados em todos os níveis, mas falta a ele brilhar realmente em um Slam. Pode ser desta vez.

Marcela Linhares –Taylor Fritz: Difícil não considerar o norte-americano nesta categoria pensando que conquistou o tri em Eastbourne e de forma que não deu a menor chance em seus games de serviço. Já chegou longe no torneio e aposto que pode chegar longe de novo.

Nuno Chaves – Zhizhen Zhang: é um caso de superação e de nunca desistir dos objetivos. É o primeiro chinês a ser cabeça de série num torneio do Grand Slam e, sinceramente, até pelo bom torneio que fez em Halle, não me surpreendia se voltasse a bater Medvedev, agora, numa eventual terceira ronda.

Thomas Alencar – É difícil não mencionar Taylor Fritz. Primeiramente, porque está vivendo um bom momento, tendo conquistado o ATP de Eastbourne. Além disso, tem uma chave acessível.

PRIMEIRO TOP 10 A CAIR

José Morgado –Casper Ruud: Nunca passou da segunda ronda em Wimbledon. Esta é uma ‘aposta’ segura…

Pedro Gonçalo Pinto – Andrey Rublev: Os últimos tempos não têm sido famosos para o russo. Perdeu de forma clara na terceira ronda de Roland Garros e foi eliminado logo à primeira no único torneio que jogou em relva. A confiança está numa situação problemática e Musetti pode incomodar muito na terceira ronda. Para não falar de Tsitsipas ou Korda nos ‘oitavos’.

Bruno da Silva –Andrey Rublev: Zverev tem uma chave mais difícil e Ruud tem sérios problemas com a superfície, mas Rublev não passa nenhuma confiança nos últimos tempos.

Marcela Linhares – Casper Ruud: Confesso que fiquei em dúvida entre Rublev e o norueguês… O próprio Casper já falou que surpresa seria ele conseguir vencer duas partidas na grama sagrada. Infelizmente acho que desta vez vai acabar surpreendendo de forma negativa. Ano passado caiu na segunda rodada.

Nuno Chaves – Casper Ruud: o próprio diz que ganhar dois encontros seguidos em relva já é uma vitória. Isso diz tudo…

Thomas Alencar – Casper Ruud:O norueguês tem dificuldade em jogar nesta superfície e ainda pode enfrentar jogadores perigosos já na segunda rodada.

CAMPEÃ FEMININA

José Morgado –Elena Rybakina: É arriscado pois está mais vezes doente do que saudável, mas se estiver em condições… é a jogadora a bater. Sempre que esteve bem em 2024 conquistou títulos ou atingiu finais e foi a última jogadora a derrotar Iga Swiatek… em terra batida!

Pedro Gonçalo Pinto – Iga Swiatek: O quadro é duro, mas a número um do Mundo parece mais focada e solta do que nunca para mostrar que também pode brilhar em relva. O serviço tem melhorado consideravelmente e tanto Sabalenka como Rybakina entram com dúvidas em termos físicos. É o ano dela.

Bruno da Silva –Coco Gauff: Gauff tem sua história de ascensão muito ligada à sua estreia em Wimbledon e hoje tem a confiança para vencer um Slam.

Marcela Linhares – Iga Swiatek: Parece estar mais preparada e confiante do que antes. Pensando no atual momento de Sabalenka, Rybakina e até mesmo Vondrousova, acabo confiando ainda mais na polonesa enfim conquistando o título no torneio.

Nuno Chaves – Iga Swiatekdifícil arriscar numa vencedora em Wimbledon e é certo que Swiatek nunca se sentiu muito confortável em relva e nem sequer fez qualquer torneio de preparação. Pode parecer estranho mas, apesar disso, parece-me que é o ano em que chega mais preparada.

Thomas Alencar – Iga Swiatek:É muito difícil não mencionar a número 1 neste momento, pois conquistou Roland Garros com autoridade e está tendo uma boa temporada.

DARKHORSE FEMININO

José Morgado –Naomi Osaka: Nunca chegou à segunda semana de Wimbledon, mas acredito que possa ser este ano. Está na secção mais interessante do quadro.

Pedro Gonçalo Pinto – Emma Raducanu: A última vez que a coloquei nesta posição… ganhou o US Open. Raducanu está mais madura, a jogar a bom nível e está no ‘quarto’ de Sabalenka, que não consegue garantir que vai mesmo jogar. Tudo isto deixa-me a acreditar que a britânica pode voltar ao All England Club com um estrondo.

Bruno da Silva –Bianca Andreescu: A canadense não tem o caminho dos mais fáceis, mas já mostrou que sabe jogar na grama e, bem fisicamente, pode ir longe em qualquer torneio. Olho também em Naomi Osaka e Emma Raducanu…

Marcela Linhares – Jessica Pegula: Voltou recentemente ao circuito e conquistou o título em Berlim. Acredito que possa surpreender no torneio e alcançar as últimas rodadas. Ano passado só caiu para quem encerrou o torneio com o troféu…

Nuno Chaves – Katie Boulter: é a menos mediática das britânicas (Emma Raducanu) mas tem muito ténis, especialmente, em relva. Pode apanhar Pegula na terceira ronda mas não me surpreendia se passasse esse obstáculo. O apoio do público será certamente um fator a ter em conta.

Thomas Alencar – Mirra Andreeva: Apesar da pouca idade, Mirra tem crescido a cada Grand Slam que disputa, sendo Roland Garros um exemplo disso.

PRIMEIRA TOP 10 A CAIR

José Morgado – Maria Sakkari: Perdeu na primeira ou na segunda ronda dos últimos 6 Grand Slams. Fica difícil ‘arriscar’ noutra jogadora…

Pedro Gonçalo Pinto – Maria Sakkari: O registo da grega nos Grand Slams tem sido mau de mais para ser verdade. É incompreensível que tenha uns ‘oitavos’ desde o Australian Open de 2022. Já quase nem interessa quem está do outro lado da rede porque o sofrimento tem sido constante.

Bruno da Silva – Maria Sakkari: A resposta óbvia é Maria Sakkari, mesmo com a grega tendo duas primeiras rodadas teoricamente bastante acessíveis. O caminho mais difícil das top 10 no início, porém, é o de Jessica Pegula (Tomova na segunda rodada e Boulter na terceira).

Marcela Linhares –Maria Sakkari: Pensando no momento da grega, fica difícil fugir de seu nome… principalmente quando estamos falando de Grand Slam. Da temporada passada pra cá, Sakkari só não caiu na estreia em dois torneios de Major. Inacreditável.

Nuno Chaves – Maria Sakkari: as prestações recentes em Grand Slams justificam a minha escolha.

Thomas Alencar – Maria Sakkari: A grega tem um péssimo histórico em Grand Slam, especialmente em 2024, quando chegou no máximo até a segunda rodada.

NOTA: As previsões da equipe portuguesa do Bola Amarela estão em português de Portugal e as da equipe brasileira em português do Brasil.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt