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Wimbledon 2015: Previsões da equipa
Campeão Masculino
José Morgado: Roger Federer – Ele diz que nunca se preparou tão bem para o Major inglês e eu vou acreditar. O suíço tem mais hipóteses de ganhar aqui um 18.º Grand Slam do que em qualquer outro torneio e ainda é, quase aos 34 anos, muito difícil de bater em relva.
Pedro Mendes: Milos Raonic – Pode parecer uma escolha surpreendente, mas o canadiano tem estado a servir bastante bem nesta temporada e, caso não tivesse estado lesionado, e como se costuma dizer, poria as “mãos no fogo” pelo seu triunfo no All England Club. Assim, mantenho a minha aposta, apesar de achar que um possível encontro nas meias-finais frente a Novak Djokovic precisará do melhor Raonic de sempre para ser o canadiano a chegar ao encontro decisivo (onde penso que ganharia a qualquer que fosse o adversário).
Mário Fernandes: Rafael Nadal – Dentro dos principais favoritos, eu sei que é a escolha menos provável face à forma atual do tenista de Manacor e tendo em conta as suas últimas participações no All England Lawn Tennis & Croquet Club. No entanto, talvez por estar a ler o seu novo livro “De Rafael a Nadal – O Caminho até à Lenda”, talvez por ser um grande admirador da paixão que este senhor tem pela modalidade e pela competição, talvez por esta ser a prova que ele, desde sempre, mais desejou vencer, acredite que “El Toro” vá despertar e realizar duas semanas de altíssimo nível tenístico (sem algum sofrimento pelo meio, adivinha-se).
Susana Costa: Novak Djokovic – Depois da derrota e da pressão a que esteve sujeito em Roland Garros, o sérvio vai entrar muito solto e determinado na relva do All England Club. Stanislas Wawrinka, nas meias-finais, vai ser o seu primeiro grande teste, mas uma vitória sobre o suíço será o empurrão final para agarrar mais um troféu em Wimbledon.
Pedro Almeida: Roger Federer – É sempre difícil escolher, nos dias que correm, um vencedor de um torneio do Grand Slam, mas o suíço disse que nunca se preparou tão bem para uma prova desta categoria. É em Wimbledon que ele tem as maiores hipóteses de voltar a ganhar um evento Major e o quadro não é nada mau para o helvético, podendo, no entanto, defrontar um possante Sam Querrey, recente finalista em Nottingham, logo na segunda ronda.
Campeã Feminina
José Morgado: Serena Williams – É ela contra o Mundo. A número um mundial só perdeu uma vez este ano (comigo no court, por ironia do destino) e ganhou Roland Garros não jogando (nem de perto) o seu melhor ténis. Segundo Serena Slam e 3/4 de Grand Slam de calendário em jogo para a americana.
Pedro Mendes: Serena Williams – Após ter triunfando em Paris, Wimbledon deverá ser mesmo “pêra doce” para a norte-americana, que vejo completar o seu segundo Serena Slam no All England Club.
Mário Fernandes: Sabine Lisicki – Eu creio ser desta que a tenista alemã vai conquistar o ceptro do único GrandSlam em relva, não só pela excelente forma que tem apresentado (ou, pelo menos, o seu serviço) nos torneios de preparação, mas também pela maturação psicológica que desenvolveu desde a sua derrota na final de há dois anos (já no ano transacto apostei em Petra Kvitova por achar que a checa estaria preparada para conquistar o título pela segunda vez, este ano acredito que seja Lisicki a dar o salto para um percurso idêntico ao que realizou numa edição anterior).
Susana Costa: Serena Williams: Não há pai para ela. Que é o mesmo que dizer: ela pode com a concorrência e nem precisa de estar nas melhores condições, como provou em Paris. O desejo de chegar aos 22 títulos do Grand Slam é só mais um fator a favor da número um mundial.
Pedro Almeida: Serena Williams – Tudo depende dela. O circuito feminino coloca no auge a norte-americana e, mesmo sem jogar o seu melhor ténis, consegue triunfar sem grandes problemas. Prevejo um segundo Serena Slam, porque na relva o seu serviço é ainda mais acutilante.
Darkhorse Masculino
José Morgado: Richard Gasquet – Semifinalista há oito anos no All England Club, o campeão do Millennium Estoril Open só perdeu com jogadores do top-10 (Berdych, Ferrer, Djokovic e Raonic) e parece em crescendo de forma. A relva assenta-lhe bem e o seu quadro, apesar de não ser fácil, não tem qualquer “tubarão” até bem dentro da segunda semana.
Pedro Mendes: Vasek Pospisil – Penso que o vencedor do torneio de pares masculinos de 2014, ao lado de Jack Sock, é capaz de derrotar o veterano David Ferrer na segunda ronda, avançando, eventualmente, para um duelo nos oitavos-de-final frente a Rafael Nadal – onde provavelmente ficará pelo caminho, mas para um jogador sem estatuto de cabeça-de-série já seria uma prestação bastante boa.
Mário Fernandes: Jiri Vesely – O jovem tenista checo é uma das grandes promessas do circuito ATP e acredito que tenha quadro e possibilidades para atingir a 4ª ronda do torneio (encontrando Rafael Nadal nesta fase da prova). Thanasi Kokkinakis também poderá emergir no meu de uma secção do quadro bem complicada.
Susana Costa: Nick Kyrgios: Porque não outra vez? É dos grandes palcos que gosta e, mesmo sem treinador e encontros ganhos em relva esta temporada, o australiano continua a ser uma verdadeira ameaça. Para qualquer jogador.
Pedro Almeida: Viktor Troicki: Porque não? Está de regresso ao seu melhor após uma suspensão e tem vindo a mostrar um excelente ténis sobre relva. É verdade que pode defrontar o espanhol Rafael Nadal logo na terceira eliminatória, mas acredito que o sérvio poderá fazer um excelente torneio.
Darkhorse Feminina
José Morgado: Sabine Lisicki – Na relva ela transforma-se e em Wimbledon ainda mais. A finalista de 2013 tem um quadro razoável e chegou pelo menos aos quartos-de-final sempre esta década.
Pedro Mendes: Karolina Pliskova – A jovem checa anda a jogar cada vez melhor e deverá chegar motivada pela final alcançada em Birmingham; dada a secção do quadro, se levar de vencida Lucie Safarova – que, apesar de ter alcançado a final em Roland Garros e defender a semi-final alcançada em 2014 no All England Club, não é conhecida por saber lidar com a pressão – e Maria Sharapova.
Mário Fernandes: Madison Keys – Claro que Sabine Lisicki também poderia levar este estatuto, mas como já a nomeei anteriormente, resolvi atribuí-lo a este grande valor do ténis yankee. Keys tem todas as armas para atingir as rondas finais dos grandes torneios, apenas lhe tem faltado confiança e estabilidade emocional para tal. Coco Vandeweghe também tem estado em excelente plano esta temporada e vejo-a a chegar à segunda semana no All England Lawn Tennis & Croquet Club.
Susana Costa: Karolina Pliskova – Finalista em Birmingham, a checa chega a Wimbledon bem rodada. Além disso, o seu caminho na relva do All England Club começa por não ser demasiado escorregadio.
Pedro Almeida: Belinda Bencic – A jogar um ténis absolutamente incrível sobre relva, aos 18 anos, a jovem promissora suíça conquistou o seu primeiro título da carreira este fim-de-semana em Eastbourne. Vai ter de lidar com tudo isto pela primeira vez, é verdade, mas acredito que a helvética tem uma grande maturidade para não se deslumbrar com um grande feito no seu currículo. Não é qualquer uma que oferece um “pneu” a Agnieszka Radwanska, antiga finalista de Wimbledon, numa final…
Primeiro Top-10 a cair
José Morgado: Stan Wawrinka – Chamem-lhe fé portuguesa. Acredito que João Sousa vai fazer história diante do campeão de Roland Garros e uma vitória do português terá esta consequência lógica.
Pedro Mendes: Tomas Berdych – O finalista de 2010 encontra/pode encontrar os franceses Jerémy Chardy ou Nicolas Mahut nas primeiras rondas, e sendo este último especialista em relva, pode ficar pelo caminho relativamente cedo na edição deste ano.
Mário Fernandes: Marin Cilic – O seu possível embate com John Isner logo na 3ª ronda podem fazer tombar o croata precocemente.
Susana Costa: Marin Cilic – Um pouco por exclusão de partes, mas também porque não se avizinham rondas fáceis para o croata logo na primeira semana.
Pedro Almeida: Marin Cilic – O campeão do Open dos Estados Unidos, que nos oitavos-de-final no Queen’s Club cedeu para o sérvio Viktor Troicki, tem um quadro muito pouco acessível. Uma possível terceira ronda com o possante norte-americano John Isner pode ser o fim do seu percurso em Wimbledon…
Primeira top-10 a cair
José Morgado: Carla Suárez Navarro – A campeã do último Portugal Open está a fazer uma época incrível (é número quatro da WTA Race!) mas pedir que jogue bem em relva – superfície da qual não gosta – parece-me demais. E tem Kristina Mladenovic na segunda ronda…
Pedro Mendes: Carla Suárez Navarro – A vencedora do Portugal Open não é de todo conhecida pelo seu jogo em relva, e um encontro com a jovem francesa Kristina Mladenovic na segunda ronda pode ditar o seu adeus à competição.
Mário Fernandes: Carla Suárez Navarro – Escolha difícil não pelo facto de não ser uma forte candidata a tombar cedo na competição, porque o é, mas mais porque há bastantes outras jogadoras do top10 que podem ditar o seu destino logo nas primeiras rondas (a meu ver, só Petra Kvitova terá uma primeira semana relativamente tranquila). No entanto, a jogadora espanhola é, sem dúvida, a que apresenta um estilo de jogo mais frágil na relva londrina e tem uma secção do quadro bastante complicada (Jelena Ostapenka, vencedora de Wimbledon júnior em 2014 na ronda inaugural; Kristina Mladenovic na 2ª ronda; Victoria Azarenka na 3ª ronda; Ana Ivanovic na 4ª ronda).
Susana Costa: Carla Suárez-Navarro – A relva não é a sua praia e tem Kristina Mladenovic e Victoria Azarenka no seu caminho. A espanhola não deverá passar da primeira semana no evento inglês.
Pedro Almeida: Carla Suárez Navarro – Ao contrário da terra batida, a relação da espanhola com a relva não é a mais simpática. Para além disso, pode ter pela frente Kristina Mladenovic na segunda ronda e uma possível Victoria Azarenka logo na terceira eliminatória. Quadro muito difícil para Suárez Navarro.
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