Vladimir Putin defende Maria Sharapova
Os dias podem ser de incerteza para Maria Sharapova, mas há uma convicção que a russa de 28 anos, para já, pode ter: do que dependesse de Vladimir Putin não seria punida pelo controlo antidoping positivo em que se vê envolvida.
O presidente russo defende o uso de meldonium, substância encontrada no organismo da ex-número um mundial e de mais de uma centena de atletas russos desde o início do ano, “nada tem a ver com doping”, não devendo, por isso, “ser considerado uma droga”.
Declarações proferidas em canal aberto, durante um programa televisivo do seu país, esta quinta-feira. “Não influencia o resultado [dos atletas]. Isso é totalmente garantido. Simplesmente mantém o coração em boas condições sob tensão alta”, assegura.
Putin crítica, por isso, a forma como a WADA, Agência Mundial de Antidopagem (AMA, denominação em português), não aprofundou a suas pesquisa sobre a substância em causa antes de tomar uma decisão com contornos tão delicados: “não havia dados comprovados”.
Convicção que ganha mais força depois da AMA ter vindo dado o braço a torcer, ao admitir que não está cientificamente provado o tempo que a substância permanece dentro do corpo de um atleta após ser tomada. Tal não foi tido em conta quando o meldonium passou a ser considerado proibido, pelo que os atletas controlados antes de 1 março, como é o caso de Sharapova, têm agora uma nova esperança.