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Tsonga e o racismo: «Era o único filho de imigrantes na minha escola. Agora imaginem o resto»
Os Estados Unidos vivem um período de dramática tensão social por questões raciais e, em pleno século 21, continua a haver questões elementares que ainda não parecem resolvidas num dos países mais importantes do Mundo. Muitos desportistas têm feito ouvir a sua voz e, ainda que o ténis não seja uma das mais representativas nesse aspeto, nomes como Serena Williams, Naomi Osaka, Coco Gauff e Frances Tiafoe chegaram-se à frente para condenar aquilo que se está a passar um pouco por todo o país.
Jo-Wilfried Tsonga, de 35 anos, foi um dos últimos a falar sobre o assunto, lembrando os tempos em que também sentiu na pele o facto de ser um negro filho de imigrantes em França. “No início começou com pequenas alcunhas, insultos ligeiros. Depois lembro-me de ser vítima de constantes e abusivas verificações de identidade, bem diferentes daquilo que acontecia com os meus colegas e amigos. Em muitos locais, os meus amigos podiam entrar e eu não.”
“No início da minha carreira, lembro-me de me anunciarem como filho de um congolês. Eu não entendia a importância desse pormenor. Já tínhamos tido Yannick Noah, o franco-camaronês, mas curiosamente nunca tivemos o Cédric Pioline, o franco-romeno. Eu era o único filho de um imigrante na minha turma, na minha escola. Agora imaginem o resto da história”, disparou em declarações à FranceTV.
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