Treinador de Rublev abre o jogo: "Às vezes penso que ele precisa de outra pessoa"

Treinador de Rublev abre o jogo: “Às vezes penso que ele precisa de outra pessoa”

Por Pedro Gonçalo Pinto - novembro 30, 2024
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Como um livro aberto e muito sincero, Fernando Vicente falou da sua relação com Andrey Rublev, tenista que já treina há nove anos. O russo terminou 2024 como número 8 do mundo, isto depois de uma temporada com muitos altos e baixos, sendo que o espanhol admite que até ele mesmo já sugeriu a Rublev… mudar de treinador.

“Entendo a mentalidade russa. Raramente estás satisfeito com o que conseguiu e muitas vezes está triste. Peço ao Marat Safin para explicar muitas destas coisas ao Andrey para que ele entenda de onde vem. Às vezes penso que ele precisa de outra pessoa, mas o principal é que tudo funciona corretamente. Uma vez disse ‘se precisa pagar ao Ivan Lendl, Murray ou Moya, paga, não deixe que seja uma perda de tempo’. Os europeus e os russos têm cérebros diferentes. Depois de tudo, conheço muito bem o Andrey, Khachanov, Medvedev. É diferente, é único. Os russos são muito sinceros e naturais, não se finge. Para mim é muito fácil trabalhar com os russos. A única coisa de que não gosto e que falo com o Marat é que às vezes os russos são muito infelizes”, comentou.

Certo é que tempo de botar mãos à obra e Vicente não esconde. “Vamos tentar melhorar o seu jogo, embora no tênis falte sempre tempo para isso. Sabemos que ao Andrey faltam algumas habilidades como ir mais à rede, não cometer erros em golpes fáceis junto à rede. Temos que melhorar o segundo serviço. Em comparação com os melhores jogadores, falta melhorar tanto a defesa quanto a movimentação. Ainda assim, Rublev continua sendo inferior a eles”, afirmou.

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Por outro lado, o espanhol acredita que 2025 vai trazer um Rublev diferente. “Todos querem isso. Em 2024 tiveram muitas coisas. Sofreu muito mentalmente e teve problemas de comportamento. Não encontrava o estado de espírito adequado durante os jogos. Perdeu muito contra jogadores de menor nível. Daria 4 em 10 ao seu comportamento em quadra este ano. Lembremos o que se passou no Dubai quando foi desqualificado”, concluiu.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt