This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Treinador afasta fim da carreira de Djokovic: «Mas vai demorar a recuperar»
Marian Vajda, treinador de Novak Djokovic ao lado de quem conquistou os seus 20 títulos de Grand Slam, lamentou esta sexta-feira tudo aquilo que se passou durante as últimas semanas. Em entrevista ao jornal sérvio ‘Sport’, Vajda opinou que Djoko foi injustiçado pelas autoridades australianas. As notícias, inclusive, mexeram com o aspecto psicológico do próprio treinador.
“Ainda não entendo porque fizeram isto ao Novak. Estou há muito tempo para tentar assimilar esta injustiça. Além disso, a imprensa é uma das maiores culpadas por manipular a informação. A minha primeira reação foi de choque, sofrimento. Aqui na minha casa também vivi tudo isto. Não podia acreditar que algo assim estava a acontecer, não consegui dormir bem”, admitiu o treinador de Nole.
Apesar da decisão contra a sua permanência em Melbourne e da forte repercussão que todo o caso teve, Djokovic recebeu muitas demonstrações de carinho do circuito, só que nem isso fez com que Vajda deixasse ficar afetado pela situação. Para o mentor, faltou personalidade dos defensores de Nole em se expôr publicamente. “Muitas pessoas escreveram-lhe a ele e a mim e sentiram muito o que aconteceu. No entanto, não se vão pronunciar publicamente. Em nenhum lugar vamos ler sobre todas as noites em que Novak passou no computador a discutir sobre as melhores condições para o circuito, como podia ajudar e o que poderia fazer pelos jogadores (…) Durante toda a pandemia, ele lutou por todos. Também tenho a sensação de que muitos jogadores não têm fontes suficientes de informação, porque a imprensa os confunde e faz ficarem contra Djokovic”, opinou o técnico.
Enquanto Djokovic aguardava a decisão das autoridades trancado no hotel, Vajda permaneceu em Bratislava, na Eslováquia. O técnico reforçou o seu apoio diário ao número 1 do mundo por mensagens. “Eu e ele nos escrevíamos muito, mas ele usou muito pouco o seu telemóvel. Eu mandava muitas mensagens de incentivo. Não consigo nem pensar como ele lidou com tudo isto, deve ter sofrido bastante. Suportou humildemente todas as sanções, mas o que foi feito contra ele foi um processo político. Com certeza isso terá consequências significativas. Vai ser muito complicado voltar a falar sobre isso. Acima de tudo, ele enfrentou uma invasão de privacidade, assim como a sua família.”
O episódio no Australian Open fez com que vários outros torneios se manifestassem em favor da vacinação dos atletas. Vajda também critica essa posição. “Não entendo as decisões dos torneios e a importância em anunciar esse tipo de coisas agora. Não vai haver torneios de terra batida até maio. O Mundo ainda não sabe o que vai acontecer com a pandemia nem daqui um mês. De que forma vão e vamos ter de nos proteger? Não quero subestimar toda a situação, é algo muito sério que acontece em todo o Mundo, mas qual o motivo de termos que debater esse tema em janeiro?”
Quanto aos planos do número 1 do mundo, Vajda mantém o mistério, porém garante que este episódio não será o ponto final da carreira de Djokovic. “Ainda não falei com ele desde que chegou em Belgrado. Ninguém sabe quais os seus planos. Ele só falará quando considerar oportuno. Está claro que tudo isso o afetou psicologicamente, que vai doer bastante tempo e será muito difícil para tirar isso da sua cabeça. No entanto, conheço o meu pupilo muito bem. O Novak é forte, firme e ainda não deu a sua última palavra no mundo do ténis”, garante.
- Categorias:
- ATP World Tour